Silvana enfatizou que a Bíblia condena as práticas homossexuais, e quando pastores e padres apontam essa conduta como pecaminosa estão somente transmitindo o que pregam as Sagradas Escrituras.
“Eu sou representante do povo evangélico no Legislativo, e, portanto, não dissocio meus posicionamentos políticos de minha prática religiosa”, frisou a parlamentar. Para ela, o Código Penal não poderia ter citações à homofobia por infringir o direito de liberdade de expressão religiosa.
A deputada observou que como médica atende pacientes homossexuais e mantém com todos uma relação de respeito e cordialidade, sem fazer nenhuma distinção entre eles e seus demais clientes. Portanto, não admitia ser apontada como homofóbica por causa de suas posições religiosas, conforme salientou.
Dra. Silvana explicou que a senadora Marta Suplicy (PT-SP) tentou retirar do texto original o alcance a líderes religiosos. Porém, voltou atrás e o texto que está tramitando é o mesmo de 2006, que pode enquadrar pastores e padres em crime de prática homofóbica, se for aprovado o projeto. “Sou contra a homofobia, mas a favor da liberdade de expressão religiosa. Não se pode querer colocar na cadeia quem defende a Bíblia.”, acentuou.
Ela revelou ainda que os homossexuais têm livre acesso às igrejas evangélicas, só não podendo alcançar cargos na hierarquia eclesiástica, ou participar do coral nos grupos musicais.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) disse que é de fundamental importância a discussão desse tema.”Eu acho que é um grande avanço da legislação criminalizar a homofobia, o preconceito. Entretanto, concordo que a lei não pode interferir na questão religiosa. Se o pastor condena a prática e coloca a questão como sendo um pecado, devemos respeitar essa posição religiosa”, disse o deputado.
JS/CG