Você está aqui: Início Últimas Notícias Fernando Hugo critica proposta de descriminalizar uso pessoal de drogas
Para o tucano, seria um equívoco sem precedentes aprovar algo desta natureza. “É um ultraje à cidadania, à família e à sociedade brasileira, que está quase morta na UTI por conta da droga”, declarou, informando que a adoção da mesma medida foi desastrosa em Portugal, Holanda e Suécia.
Hugo avaliou que a descriminalização facilitará o avanço do tráfico de entorpecentes. Consequentemente, o número de drogadictos elevará. Isto sem haver estrutura pública para a recuperação de dependentes. Pela proposta, não pode ser preso o indivíduo flagrado com droga suficiente para até cinco dias de consumo.
Conforme o deputado, também fica liberada a plantação de algumas drogas, desde que a cota obedeça a parâmetros a serem fixados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O uso da droga, por mínimo que seja, induz a consumos aumentados. Cada um dos grandes consumidores de hoje começou com uma tabacada de maconha ou uma cheirada de pó. O primeiro passo é diminuto. O último é mortal e penoso para a família. Esta matéria é uma sandice”, pontuou.
Em aparte, o parlamentar recebeu o apoio dos deputados Dra. Silvana (PMDB), Ely Aguiar (PSDC), Inês Arruda (PMDB), Fernanda Pessoa (PR) e Welington Landim (PSB). Todos criticaram a proposta e demonstraram interesse em subscrever o requerimento do tucano. “Descriminalizar vem na contramão da vontade de todo mundo, do que é ético, moral e sensato”, considerou Silvana.
Ely Aguiar qualificou o projeto como “nocivo” e “esdrúxulo”. “Vejo como o início da legalização do comércio de drogas. É uma imbecilidade quando estamos empenhados de livrar nossa juventude das drogas. Essa lei está sendo elaborada por uma comissão de doidos”, atacou.
Inês Arruda pediu mobilização popular contra a matéria. “Isso é o começo do fim. Ao invés de tentarem legalizar o uso da droga de alguma maneira, deviam trazer condição de salvarmos tantas famílias que sofrem por conta dela”, sublinhou. “Realmente não podemos ficar calados”, emendou Fernanda Pessoa.
Por fim, Welington Landim disse ser necessário o Governo Federal reforçar a fiscalização nas fronteiras entre estados e países. “Não adianta pegar um quilo de maconha e cocaína quando estão entrando centenas pelas fronteiras. Faz-se muito pouco”, criticou.
BC/CG