A deputada Fernanda Pessoa (PR) cobrou uma ação do Governo para minimizar o problema das filas de espera para cirurgias de adenóide e amígdalas no Ceará. A questão foi tema de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia na tarde desta quarta-feira (30/05).
Fernanda Pessoa, que propôs o debate, destacou que a demanda por procedimentos especializados vem aumentando. Ela lembrou que no interior do Estado não há nenhuma unidade que realize cirurgias de adenóide e amígdalas, e isso vem aumentando a procura por hospitais em Fortaleza. Ela defendeu a realização de um novo mutirão de cirurgias para resolver o problema.
O presidente da Sociedade Cearense de Otorrinolaringologia, André Alencar, afirmou que apenas dois hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS) fazem essa cirurgia no Ceará: o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Hospital Universitário Walter Cantídio (Hospital das Clinicas). De acordo com ele, mais de180 pessoas estão na fila de espera destas cirurgias.
André Alencar ressaltou ainda que a fila causa prejuízo para o Estado, já que pacientes sem a operação usam antibióticos. Ele falou sobre problemas provocados pelo atraso da cirurgia, em especial nas crianças, como o risco de morte, perda da qualidade de vida, déficit de aprendizado e dificuldade auditiva.
A coordenadora do setor de Otorrino-Pediatria do HGF, Silvana Pimentel, afirmou que, cerca de 550 pessoas estão na fila de espera por cirurgias de adenóide e amígdalas no hospital. “Alguma delas desde 2006”, disse a médica. Na opinião dela, a solução do problema passa por uma estruturação do SUS.
O diretor da Cooperativa de Otorrinos do Ceará, Elias Leite, alertou que a implantação de clinicas especializadas no interior vai aumentar os diagnósticos e a demanda por cirurgias. Ele destacou que há também falta de especialistas credenciados ao SUS e propôs uma parceria entre o Estado e a Cooperativa para realizar cirurgias.
A coordenadora de Controle e Auditoria da Secretaria Estadual de Saúde, Lílian Beltrão, afirmou que a defasagem nos valores da tabela do SUS dificulta a contratação de médicos. Ela disse que o Estado vai repassar recursos para complementar o pagamento de profissionais, buscar apoio do Governo Federal e está analisando a ampliação de um turno de funcionamento de salas de cirurgia.
Também participaram do debate, representantes da Promotoria de Justiça da Defesa da Saúde Pública e otorrinolaringologistas do Hospital Infantil Albert Sabin e de vários hospitais do Estado.
CV/CP
A deputada Fernanda Pessoa (PR) cobrou uma ação do Governo para minimizar o problema das filas de espera para cirurgias de adenóide e amígdalas no Ceará. A questão foi tema de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia na tarde desta quarta-feira (30/05),
Fernanda Pessoa, que propôs o debate, destacou que a demanda por procedimentos especializados vem aumentando. Ela lembrou que no interior do Estado não há nenhuma unidade que realize cirurgias de adenóide e amígdalas, e isso vem aumentando a procura por hospitais em Fortaleza. Ela defendeu a realização de um novo mutirão de cirurgias para resolver o problema.
O presidente da Sociedade Cearense de Otorrinolaringologia, André Alencar, afirmou que apenas dois hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS) fazem essa cirurgia no Ceará: o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Hospital Universitário Walter Cantídio (Hospital das Clinicas). De acordo com ele, mais de180 pessoas estão na fila de espera destas cirurgias, que só estão sendo marcadas para fevereiro de 2012.
André Alencar ressaltou ainda que a fila causa prejuízo para o Estado, já que pacientes sem a operação usam antibióticos. Ele falou sobre problemas provocados pelo atraso da cirurgia, em especial nas crianças, como o risco de morte, perda da qualidade de vida, déficit de aprendizado e dificuldade auditiva.
A coordenadora do Setor de Otorrino-Pediatria do HGF, Silvana Pimentel, afirmou que, cerca de 550 pessoas estão na fila de espera por cirurgias de adenóide e amígdalas no hospital. “Alguma delas desde 2006”, disse a médica. Na opinião dela, a solução do problema passa por uma estruturação do SUS.
O diretor da Cooperativa de Otorrinos do Ceará, Elias Leite, alertou que a implantação de clinicas especializadas no interior vai aumentar os diagnósticos e a demanda por cirurgias. Ele destacou que há também falta de especialistas credenciados ao SUS e propôs uma parceria entre o Estado e a Cooperativa para realizar cirurgias.
A coordenadora de Controle e Auditoria da Secretaria Estadual de Saúde, Lílian Beltrão, afirmou que a defasagem nos valores da tabela do SUS dificulta a contratação de médicos. Ela disse que o Estado vai repassar recursos para complementar o pagamento de profissionais, buscar apoio do Governo Federal e está analisando a ampliação de um turno de funcionamento de salas de cirurgia.
Também participaram do debate, representantes da Promotoria de Justiça da Defesa da Saúde Pública e otorrinolaringologistas do Hospital Infantil Albert Sabin e de vários hospitais do Estado.
CV/CP