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Coluna Política - QR Code Friendly
Terça, 31 Mai 2016 05:38

Coluna Política

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O governador e a lógica do PT   Camilo Santana, embora filiado ao PT há mais de uma década, nunca se enfronhou na peculiar lógica do partido. Assim como Cid Gomes, seu antecessor no governo, nunca soube lidar muito bem com o principal aliado. Quase sempre que o ex-governador tentou fazer com que prevalecesse sua vontade em relação ao partido, deu com os burros n’água. Com Camilo, há a crucial diferença de ele ser petista. Mesmo assim, salvo reviravolta, também não consegue liderar a legenda, apesar de ocupar o mais importante cargo que um petista já ocupou na história do Ceará.   Camilo tentou seguir o método Cid Gomes de fazer política. Procurou esticar ao máximo os prazos, adiar decisões. Na véspera da data marcada para a definição, fez reuniões, articulou, argumentou.   Tentou criar um novo e impactante fato de última hora. Seguiu o manual Cid de fazer política. Ouviu de quase todos os petistas que era tarde demais.   Cid sempre agiu assim nas coalizões que comanda e teve sucesso. E tentou aplicar o mesmo modus operandi com o PT e nunca deu certo.   Em 2010, ele tentou convencer os petistas a não ter candidato a senador e apoiar Tasso Jereissati (PSDB). Não deu certo. José Pimentel (PT) concorreu contra Tasso e foi eleito. Em 2012, Cid tentou convencer a então prefeita Luizianne Lins (PT) a escolher um petista que fosse de seu agrado. Ele não aceitava Elmano de Freitas.   O preferido era Camilo. Nelson Martins e Francisco Pinheiro também foram colocados como opções. Luizianne não topou nenhum e lançou Elmano de Freitas. Cid não concordou e lançou Roberto Cláudio, que foi vitorioso.   Cid conseguia se impor sobre as alianças que comandava porque era dele o poder de decisão. Com o PT, é diferente. Manda no partido quem detém votos dos filiados. As posições precisam ser gradativamente negociadas, em processo de convencimento. Esse formato de deixar as coisas para a última hora é fadado ao fracasso.   Pesa contra Camilo (foto) nessa disputa interna o fato de ele não ter raízes mais profundas com o PT. A filiação não é das mais antigas e, sobretudo, não construiu vínculos com grupos dentro da legenda. O próprio fato de Cid o ter escolhido para concorrer a governador teve muito a ver com o fato de ele ser mais próximo do ex-governador que do próprio partido.  
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