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Comissão de Direitos Humanos vai solicitar audiência para discutir racismo na UFC - QR Code Friendly
Terça, 10 Mai 2016 18:12

Comissão de Direitos Humanos vai solicitar audiência para discutir racismo na UFC

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Audiência cobra ações de combate ao racismo ocorridas na UFC Audiência cobra ações de combate ao racismo ocorridas na UFC Foto: Marcos Moura
A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Assembleia Legislativa vai solicitar, nesta quarta-feira (11/05), uma audiência com a reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) para cobrar ações de combate ao racismo ocorridas na instituição. Além disso, o Escritório Frei Tito de Alencar, ligado à CDHC, vai enviar um ofício à universidade solicitando a apuração da prática de racismo dentro do campus.

A ação é resultado de audiência pública, realizada na tarde desta terça-feira (10/05), para discutir o tema. Entidades de direitos humanos e defesa da comunidade negra criticaram a inércia da UFC em prevenir e punir casos de racismo na instituição.

O presidente da CDHC, deputado Zé Ailton Brasil (PP), lamentou que casos de racismo ainda ocorram nos dias atuais. “O racismo existe e a gente tem que combater de forma radical. Não podemos ser tolerantes com esse tipo de crime”, defendeu. O parlamentar criticou a ausência do representante da UFC no debate.

Para a advogada do Escritório Frei Tito de Alencar, Luanna Marley, há um crescimento das denúncias de casos de racismo no Estado e na UFC. Ela apresentou casos de racismo ocorridos em um grupo de Whatsapp dos estudantes do curso de Engenharia de Pesca e na página do Facebook intitulada “Fórum Campus do Pici”.

Luanna Marley recordou ainda que foi realizada uma reunião com a UFC, em novembro de 2015, para cobrar medidas de apuração e punição desse tipo de crime. Entretanto, ela informou que os procedimentos administrativos para apurar os casos têm sido arquivados.

A advogada também cobrou a implantação da Comissão de Direitos Humanos da Universidade. Ela sugeriu ainda a criação de um grupo de trabalho para discutir o assunto e de um mecanismo estadual de combate ao racismo, além da abertura de diálogo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e com a Defensoria Pública da União (DPU).

Segundo Roberta Dominici, do Fórum de Negros e Negras de Combate ao Racismo na UFC, além de casos interpessoais, há um racismo institucional na Universidade. “A Universidade fecha os olhos e finge que nada existe”, criticou.

Já Francisca Sena, do Movimento Inegra, alertou que casos de racismo na UFC já ocorrem há muito tempo. Ela defendeu que a instituição adote uma política para coibir e prevenir práticas racistas. “Se não assumir isso, a Universidade vai continuar alimentando esse racismo”, afirmou.

A defensora pública da União, Lídia Ribeiro Nóbrega, lembrou que há poucas condenações de casos de racismo no País. Na avaliação dela, a política de cotas para acesso à universidade “foi um passo importante” para colocar em evidência a questão da discriminação racial. Ela convidou as entidades presentes na audiência para reunião na DPU e discutir a possibilidade de procedimento coletivo junto à UFC.

Representando o deputado Renato Roseno (Psol), Soraya Tupinambá avaliou que há uma dificuldade de se perceber o racismo institucional. Além de uma estrutura adequada para apurar os casos de racismo na UFC, ela defendeu ações de formação e educação da comunidade acadêmica.

O representante da Superintendência da Polícia Federal, delegado Hider Antunes, esclareceu que a instituição não tem competência para investigar casos de racismo provenientes de estudantes, mas somente de servidores da instituição. Também participaram da audiência estudantes e integrantes de movimentos da sociedade civil.

GS/AP

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 2174 vezes Última modificação em Quarta, 11 Mai 2016 14:23

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