Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas consideram que há o que comemorar no Dia do Trabalho
Outros 40,4% dos participantes entendem que "não, pois ainda há muitos desafios a serem superados". Já para 13,5% há razões para comemorações "pois, ao longo da história, muitas conquistas têm garantido condições mais dignas ao trabalhador.
O deputado Dr. Santana (PT) concorda com o voto da maioria. Para ele, é natural que haja uma insatisfação da classe trabalhadora na medida em que ela passa a ter direitos e consolidar suas conquistas, enquanto a dinâmica da luta econômica impõe outras necessidades. “Daí a importância de o dia ser lembrado como dia de luta constante. Muito já foi conquistado, mas ainda há muito a se conquistar”, ponderou.
Já o deputado Carlos Matos (PSDB) entende que a visão da luta de classes é “ultrapassada”. De acordo com o tucano, a data deve reavivar a importância do trabalho e do trabalhador. Os desafios da luta de classes, conforme observou, “não têm gerado resultados satisfatórios, e precisamos ir além disso”.
Ele considerou que a produtividade do Brasil é muito baixa, e que a do Ceará é “a metade disso”. “Muito foi conquistado e há muito a que se conquistar, mas deve haver diálogo e bom relacionamento, para que as conquistas sejam feitas em conjunto”, argumentou.
O Procurador Regional do Trabalho no Ceará e professor da Universidade Federal do Ceará, Francisco Gérson Marques de Lima, também reforçou a importância do Dia do Trabalho como dia de luta dos trabalhadores.
Ele explica que, nos últimos anos, o trabalhador brasileiro tem perdido direitos, por medidas instituídas pelo Governo brasileiro, como o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), a pensão por morte, redução salarial, entre outros. A isso, alia-se o fortalecimento do capital na política do País, “com incursão impiedosa nas relações trabalhistas”.
O procurador entende que, na crise econômica em que o País vive, o trabalhador e suas entidades representativas, os sindicatos, precisam estar atentos e sempre dispostos a resistir às tendências de retirada de direitos e de precarização do trabalho.
“De fato, há pouco a se comemorar, mas é possível resistir a essas investidas contra os direitos dos trabalhadores e construir um futuro melhor, por meio da organização dos trabalhadores”, disse.
PE/CG