O deputado Carlos Matos (PSDB) avaliou, ontem, na Assembleia Legislativa, as obras de transposição do Rio São Francisco e a crise hídrica no Estado. “O trabalho já deveria ter sido concluído há muito tempo”, disse o parlamentar. O tucano reconheceu o grande esforço da Assembleia junto ao Governo Federal, para que a transposição tomasse curso e chegasse à atual fase. “No entanto, a obra ainda enfrenta muitos desafios. Pode virar elefante branco, se nós não cuidarmos, se a água transposta não chegar ao destino certo”, afirmou. Para Carlos Matos, em face da crise hídrica no Estado, o Governo deveria ter um plano B. “Mas não estou enxergando nenhuma alternativa. A perfuração de poços está muito aquém do desejável”, acrescentou. Segundo o deputado, foram perfurados 300 poços em todo o Estado, e ainda são esperados recursos para esse número chegar a 1.500. “Estarei trabalhando para cobrar do Governo do Estado um plano B. Temos uma demanda para 6.000 poços, mas 4.500 não serão perfurados’, pontuou. Carlos Matos disse ainda que, apesar de serem gastos R$ 8 bilhões na obra do Rio São Francisco, ainda não há um modelo para gerenciar a operação de transposição. “Será cobrado do usuário? O Ceará não se preparou para receber as águas do São Francisco. O canal mais importante seria de Icó para o o Orós, mas não foi construído”, alertou.