Presidido pelo deputado estadual Ivo Gomes (PDT), com relatoria de Renato Roseno (Psol), o Comitê objetiva ouvir a opinião da população sobre o que aproxima e o que poderia afastar meninos e meninas da violência, a partir das realidades onde vivem. Os debates ocorrerão também no Vicente Pinzon e em outras cidades da Região Metropolitana de Fortaleza e municípios do interior do Estado com os maiores índices de homicídio na faixa de 10 a 19 anos.

A última audiência foi realizada no Cuca da Barra do Ceará, no dia 4 de abril, e reuniu 121 participantes. Eles sugeriram ações que, junto com as considerações dos seminários temáticos e o resultado da pesquisa de campo, serão a matéria-prima para a elaboração de um relatório com recomendações para a superação do atual quadro. O documento será entregue aos gestores públicos municipais e estadual e às entidades do sistema de garantia de diretos.

Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade da Secretaria Municipal de Saúde indicam que a escalada da violência letal na adolescência em Fortaleza supera os homicídios entre adultos. Em 2000, foram assassinadas na capital cearense 95 pessoas, com idades entre 10 e 19 anos. Passada uma década, o número já era 312. Em 2013, chegou a 635; a 600 em 2014 e 429 em 2015 – mais da metade de todas as mortes nessa faixa etária em todo o Estado - e, em 2015, 817.

O Comitê é uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Ceará em parceria com o Governo do Estado e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
LA/com Assessoria/AT