Você está aqui: Início Últimas Notícias Brasilidade apresenta o trabalho do grupo vocal Anjos do Inferno
Em sua primeira composição, além de Oto Borges nos vocais, contava com Antônio Barbosa, no pandeiro; Moacir Bittencourt, no violão; Felipe Brasil, no violão; José Barbosa, violão-tenor e Milton Campos, no piston-nasal, sendo este o primeiro músico a se dedicar no Brasil a essa especialidade.
O nome adotado pelo grupo foi alusão a uma orquestra liderada por Pixinguinha, Os Diabos do Céu, muito famosa na época. A ideia da inversão agradou a todos.
Em 1936, o grupo passou por reformulações, com a saída de Oto Borges, que resolveu se dedicar à carreira de funcionário do Banco do Brasil. Ele foi substituído na direção do grupo pelo cantor Léo Vilar que, após passar uma temporada atuando de forma destacada na radiofonia baiana, retornou ao Rio de Janeiro.
A estreia profissional ocorreu na rádio Cruzeiro do Sul. Pouco depois, foram contratados pela gravadora Columbia e, em fevereiro de 1937, foi lançado o primeiro disco com a marcha Morena complicada, de Kid Pepe, e o samba Amei demais, de Kid Pepe e Siqueira Filho.
No mesmo mês, o grupo Anjos do Inferno gravou um segundo disco, com o samba Maria foi à fonte, de Kid Pepe, e o samba-batucada O malandro entristeceu, de Ernâni Dantas e Martinez Grau. Por essa época, se apresentou também na rádio Cajuti, e passou a atuar no Cassino Icaraí, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
Em 1938, Os Anjos do Inferno passaram por outras modificações. Saíram o pandeirista Antônio Barbosa, substituído por Alberto Paz, o violão-tenor José Barbosa, por Aluísio Ferreira, e o pistão-nasal Milton Campos, que cedeu o lugar a Harry Vasco de Almeida.
Em seguida, foram contratados pela rádio Tupi, onde permaneceram por cerca de oito anos. Em 1939, o grupo gravou a marcha Tim-tim por tim-tim, de Almanir Grego, e o samba Dura lex sed lex, de Alberto Paz e Domício Augusto.
No ano seguinte, ocorreu o lançamento do primeiro grande sucesso, o samba-canção Bahia, oi!...Bahia, de Vicente Paiva e Augusto Mesquita, que valeu ao grupo um contrato de exclusividade com a Columbia.
Anjos do Inferno gravou, em 1940, a rumba Barraco abandonado, de Afonso Scola e Hermínio Viana; O jongo me ensina a sambar, de Antônio Almeida; os sambas Baiana boa, de Milton Bittencourt; Quem dirá?, de Roberto Martins, e Pandiá Pires e Helena!...Helena!..., de Antônio Almeida e Costantino Silva, e a marcha Cow-boy do amor, de Wilson Batista e Roberto Martins.
Brasilidade é produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César. Apresentado por Narcélio Limaverde, vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
Da Redação