Ato aconteceu no mesmo dia de protestos que pediam pelo impeachment da presidente, mas não houve encontro entre manifestantes nem confusão. Participantes seguiram da Parangaba à Barra do Ceará em carreata que terminou no início da tarde.
Camisas e bandeiras vermelhas pintaram ato de apoio ao governo de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula (Ambos do PT) desde as 9 horas da manhã de ontem, no Ginásio Poliesportivo da Parangaba. O ato estendeu-se até o início da tarde com carreata que seguiu até a Vila do Mar, na Barra do Ceará, e contou com a presença, principalmente, de sindicalistas e de militantes e parlamentares do PT.
No centro das palavras de ordem, músicas e cartazes, a defesa de Lula. Pedido de prisão preventiva do líder do PT pelo Ministério Público de São Paulo na última sexta-feira, 11, foi classificado nos discursos como “perseguição” à legenda e “injustiça” com ex-presidente. Além disso, manifestantes gritavam contra “avanço da direita” e “golpe à democracia”.
Esquenta
O ato, que contou com ampla presença de parlamentares petistas e aliados, seria, segundo organizadores, apenas um “esquenta” para manifestação maior marcada para a próxima sexta-feira, 18, em todo o País. “Se hoje eles (protesto contra o governo) vão botar muita gente nas ruas, eles vão ter de aceitar que no dia 18 nós vamos colocar o dobro”, afirmou o líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT).
Estavam presentes também o senador José Pimentel, a deputada federal Luizianne Lins, o deputado estadual Elmano de Freitas e os vereadores Ronivaldo Maia e Deodato Ramalho. Além dos petistas, o deputado federal Chico Lopes e o vereador e líder do prefeito na Câmara de Fortaleza Evaldo Lima (ambos do PCdoB).
Acompanhado por viaturas da Polícia Militar (PM) e da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de Fortaleza (AMC), o evento aconteceu sem confusões. Durante o percurso da carreata, populares se manifestavam contra e a favor ao ato. “Não vamos aceitar provocações”, chegou a afirmar De Assis Diniz, presidente do PT no Ceará, no carro de som que acompanhava os carros.
Segundo o presidente, a intenção do movimento não era de “massificar” e reunir grande quantidade de pessoas, mas reunir as forças sindicais e chamar a população para o dia 18. Ele estimou a participação de cerca de 800 carros na carreata,.
A presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), Vilani Oliveira, falou sobre apoio dos servidores municipais ao ato. “Nós aliamos nossa campanha salarial e a luta dos trabalhadores à defesa do Lula e da democracia nesse movimento”, afirmou.