Nomes da cúpula nacional do PSB estiveram ontem em Fortaleza para debater rumos do partido e eleições de outubro
FOTO. PSB/DIVULGAÇÃO
Parte da cúpula nacional do PSB esteve em Fortaleza para reforçar a pré-candidatura a prefeito de Heitor Férrer. O ex-senador Renato Casagrande e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, participaram de evento partidário ontem à tarde no Clube da Caixa, em Messejana.
“Nada melhor na intenção de reestruturar um partido que fazer um encontro nacional com o governador Paulo Câmara, que tem sido um exemplo no Brasil”, diz Heitor Férrer.
O presidente estadual da sigla, deputado federal Danilo Forte, também esteve no encontro. Ele tem tentado negociar alianças nacionais para conseguir apoio a Heitor, que deve disputar mais uma vez o cargo de prefeito da Capital. Sob comando do ex-peemedebista, o partido tem passado por mudanças, segundo os dirigentes.
Entre os possíveis aliados, estão o PSDB de Tasso Jereissati. As conversas entre os dois partidos podem fluir para uma chapa comum.
“Por enquanto são só conversas, mas esse é o primeiro passo para algo que pode se consolidar. A política é a arte da conversa. Claro que temos nosso próprio tempo, mas temos que esperar o tempo dos demais”, diz Heitor, que acionou o senador tucano em busca de apoio.
No ano passado, o deputado estadual deixou o PDT após 20 anos de filiação. Ele saiu em protesto ao ingresso dos Ferreira Gomes na legenda e porque desejava ser prefeito de Fortaleza.
Ainda na oposição à reeleição de Roberto Cláudio (PDT), outro candidato tem procurado suporte tucano. O deputado federal Capitão Wagner (PR) também anda em negociação com o PSDB.
Oposição ao PT
Depois da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSB anunciou que oficialmente estaria passando para a oposição.
O partido, que já andou lado a lado com o PT, agora demonstra preocupação com os rumos do Governo Dilma Rousseff, que passa por crise política e econômica.
“Desde 2013, já alertávamos para escolhas erradas e decidimos lançar candidato próprio, que era Eduardo Campo”, diz o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.
Ele teceu críticas ao Governo, mas disse que, apesar de apoiar a Operação Lava Jato, a conduta jurídica deve ser “esclarecida para não haver excessos”, comentou sobre as investigações acerca de Lula na semana passada.