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Estado pede desculpas a mulheres perseguidas durante a ditadura - QR Code Friendly
Quarta, 09 Março 2016 05:06

Estado pede desculpas a mulheres perseguidas durante a ditadura

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Comissão Especial de Anistia apreciou os processos de cinco mulheres perseguidas pelo regime militar Comissão Especial de Anistia apreciou os processos de cinco mulheres perseguidas pelo regime militar FOTO. PAULO ROCHA/ASSEMBLEIA
Os olhos de Valéria Maria de Aguiar, que permaneceram molhados durante toda a manhã, denunciavam a importância daquele ato. O Dia Internacional da Mulher para a militante política aposentada, assim como para outras quatro mulheres, foi comemorado com o presente que esperavam há mais de três décadas. Neste dia, o Estado do Ceará pediu desculpas oficiais àquelas que sofreram perseguição no tempo da ditadura militar.     A ação aconteceu ontem em auditório da Assembleia Legislativa, quando a Comissão Especial de Anistia Wanda Sidou, vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), realizou sessão extraordinária para apreciar processos de cinco mulheres perseguidas pelo regime. Destas, uma já faleceu, e foi representada por familiares.     Na ocasião, todas tiveram a oportunidade de contar sua história no período do golpe militar. Após cada depoimento, os conselheiros aprovavam o requerimento de indenização e, em nome do Estado, proferiam fala de desculpas a cada mulher. “É motivo de gratidão muito grande o Estado reconhecer que a gente de qualquer forma procurou contribuir um pouco para a democracia”, falou, emocionada, dona Valéria, ex-presa política. Quem proclamava os pedidos de desculpas, o presidente da Comissão da Anistia Mário Albuquerque, destacou que a ação simbólica não tinha intenção de reparar os erros cometidos pelo Estado, mas reconhecê-los. A atitude também emocionou Eliane Gadelha Dias, professora aposentada. “Depois de 52 anos do que eu passei, o Estado vir fazer isso agora me permite descansar sabendo que a justiça foi feita”, afirmou, arrancando aplausos dos presentes.     Além dela, Moema São Tiago, assessora política e militante que teve de passar cerca de seis anos exilada, disse se sentir homenageada com o ato. As outras duas mulheres que receberam pedidos de desculpas foram Francisca das Chagas Lima de Souza, operária aposentada, e a já falecida Maria de Lourdes Ferreira, que também era operária. Desde que Comissão foi instituída, em 2004, mais de 200 pessoas foram indenizadas. No total, foram pagos R$ 5,5 milhões. (Letícia Alves)
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