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Modelo estimula mudar de partido - QR Code Friendly
Segunda, 07 Março 2016 04:04

Modelo estimula mudar de partido

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Deputado Roberto Mesquita responsabiliza o sistema político brasileiro Deputado Roberto Mesquita responsabiliza o sistema político brasileiro ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
Com a possibilidade de mudarem de partidos até o próximo dia 19 de março, alguns deputados cearenses já se filiaram a outras legendas na semana passada, enquanto outros devem fazer o mesmo nos próximos dias. Para parlamentares entrevistados pelo Diário do Nordeste, além da falta de fidelidade e ideologia, o sistema político brasileiro possibilita que esse tipo de atitude seja tomada, o que acaba por ocasionar a fragilidade dos partidos brasileiros.   Segundo alguns deputados, o sistema político favorece apenas os grêmios que se organizam para atender a carreiras políticas pessoais. De acordo com Ivo Gomes, que recentemente deixou o PROS e ingressou no PDT (ele já havia passado por PPS e PSB), o Brasil precisa de uma reforma política que inclua uma reforma partidária, retirando poderes das burocracias partidárias, entregando-as aos filiados.   "Todo mundo tem um partido para chamar de seu. Nós nunca tivemos e nunca trabalhamos para ter", disse ele se referindo ao fato de seus irmãos, Ciro e Cid Gomes, principais lideranças políticas do Estado, que mesmo passando por mais de meia dúzia de partidos não comandaram as legendas em nível nacional.   Para o petista Elmano de Freitas, o sistema política favorece apenas aquelas legendas que se organizam em prol de carreiras políticas pessoais, sendo exceção as chamadas siglas programáticas em que seus integrantes atuam pelos ideais e propostas. "Sistemas políticos assim não são capazes de construir democracias fortes".   Roberto Mesquita, que deixou o PV para engrossar o coro do PSD na Assembleia do Ceará, disse não ter dúvida de que o maior problema da política brasileira é o seu sistema político. Segundo ele, atualmente o País vive sob a égide da negociação vigente às vésperas dos pleitos, lembrando, por exemplo, as eleições para governador de 2014 quando membros de coligação de situação apoiaram candidatura da oposição e vice-versa.   "Neste sistema não se pode falar em ideologia. Como se falar em ideologia partidária se temos 35 partidos? As regras só facilitam a fragilidade dos partidos. Se tivéssemos menos partidos ou regras mais rígidas seria diferente. Nos parece que não querem ajeitar não", reclamou. Ele defendeu, por exemplo, uma regra em que existisse a fidelidade eterna, porque dessa forma, em sua avaliação, o filiado já saberia que não mais poderia trocar de legenda, ou pelo menos seria obrigado a defender as ideologias do partido.   Senha   "Os próprios partidos surgem por conveniência. Veja o que aconteceu com o PROS e o Solidariedade. Tínhamos dois partidos novos, um para receber filiados de oposição ao Governo Dilma e outro de apoiadores do Governo. Nós vimos o PROS, que era um partido pequeno, ser o maior partido do Estado, e vimos o presidente do PROS fazer chantagem, tirando senha do grupo do governado à época por Cid Gomes. Há falta de ideologia, mas o sistema político vigente está contaminado", apontou Mesquita.   Depois de passar 28 anos filiado ao PDT, o deputado Heitor Férrer teve que se filiar ao PSB. Ele acusa o sistema político pela fragilidade dos partidos políticos. Par ao agora pessebista, as legendas brasileiras não têm sequer um perfil de seu estatuto e são lideradas por homens públicos sem qualquer compromisso com estatuto partidário. "As pessoas utilizam dos partidos para conveniência de eleição, e o eleitor passou a votar não nos partidos, mas nas pessoas".   Ainda em negociação para saber se deixa ou não o PMDB, a deputada Silvana Oliveira afirmou ao Diário que não olha para bandeiras partidárias, mas ideológicas de seu público. Ela ressaltou ainda que não se apega a siglas partidárias, destacando que quem vota nela confia em seu perfil.
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