Nascido no dia 31 de dezembro de 1907, o artista gravou o primeiro disco aos 20 anos, em 1928, pela Odeon. Entre as músicas, estavam o samba “Que vale a nota sem o carinho da mulher” e o romance “Carinhos de vovô”, ambas as composições de Sinhô, acompanhado pelos violões do próprio compositor e de Donga.
O estilo coloquial de cantar de Mário Reis contrastava com o de outros cantores da época, como Vicente Celestino, Carlos Galhardo e Francisco Alves. Naquele momento, a gravação de discos deixava de ser mecânica para entrar na era do sistema elétrico. Os cantores passavam a fazer uso do microfone no lugar do antigo autofone.
O novo processo favoreceu bastante o estilo do artista, mais simples e coloquial. No entanto, era também um cantor de voz forte e se adequava perfeitamente à maneira mais operística do canto de Francisco Alves, com quem formou dupla e fez 24 gravações no início da década de 1930.
Em 1931, Mário Reis gravou, com Francisco Alves, o samba “Se você jurar”, assinado por Ismael Silva, Nilton Bastos e também Francisco Alves. Neste mesmo ano, em visita a São Paulo, gravou na Columbia os sambas “Não me perguntes”, de Joubert de Carvalho, e “Quem ama não esquece”, composta pelo próprio artista. Como mantinha contrato de exclusividade com a Odeon usou o pseudônimo C. Mendonça.
O Brasilidade é produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde. Vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise nas terças-feiras, às 23h.
GS/AP