Segundo o presidente da CPI, deputado José Sarto (Pros), a comissão chegou ao nome das mulheres após relatos que apontavam provável envolvimento delas em fraudes no DPVAT. De acordo com relatório preliminar de auditoria realizada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), as funcionárias utilizariam instalações de repouso e banheiros de umas das bases do Samu como escritório para atender ao DPVAT.
O relator da CPI, o deputado Fernando Hugo (SD), informou que será solicitado um novo relatório à Sesa. De acordo com o parlamentar, o documento enviado anteriormente é “intensamente resumido e não nos fornece dados suficientes”. Fernando Hugo disse que, a partir do novo relatório, serão definidos os nomes dos próximos depoentes.
José Sarto lembrou que, durante o trabalho da CPI, foi possível verificar a existência de diversas fraudes como: assinaturas médicas falsas; pessoas que alegaram ter sofrido acidentes de moto a fim de obter o seguro; e até boletins de ocorrência (BO) feitos de forma irregular. “Somente em uma delegacia de Fortaleza, foram feitos 200 BOs falsos”, citou o parlamentar.
Participaram da reunião os deputados José Sarto, Fernando Hugo, Roberto Mesquita (PV), Walter Cavalcante (PMDB) e Leonardo Araújo (PMDB). A próxima reunião da CPI está marcada para 8 de março.
Instalada em julho de 2015, a CPI já ouviu o delegado de Acidentes e Delitos de Trânsito (DADT), César Wagner; o delegado titular de Itapipoca, Marcos Aurélio França, e o diretor jurídico da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT, Marcelo Davoli. Entre os dados revelados na CPI está a informação de que o Ceará pagou mais de 81 mil indenizações do Seguro DPVAT apenas em 2014.
LF/GS