Um dia antes do lançamento do edital de licitação para construção do Instituto Dr. José Frota (IJF) 2 pela Prefeitura de Fortaleza, o idealizador do projeto, deputado estadual Heitor Férrer (PSB), mudou de opinião sobre a necessidade do hospital. LEIA TAMBÉMCampanha já começouPSB quer unir oposição à Dilma no CE
Agora, o parlamentar, que apresentou a ideia ainda na campanha eleitoral de 2012, critica o empreendimento, que foi adotado como promessa pelo candidato vencedor naquele pleito, Roberto Cláudio (PDT).
Em entrevista ao O POVO na tarde de ontem, Heitor disse que a Prefeitura devera se concentrar na “ampliação dos Frotinhas, aumentando as vagas nas unidades do Antônio Bezerra, Parangaba e Messejana, além de expandir os Gonzaguinhas”.
A obra da Prefeitura, que pretende desafogar a rede de urgência e emergência do Estado, possui custo estimado em R$ 74,6 milhões e tem previsão de entrega para abril de 2018 - já na próxima gestão.
O novo prédio deverá contar com 226 novos leitos, sendo 156 de internação, 50 de terapia intensiva e semi-intensiva, além de outros 20 de recuperação pós-anestésica. Nove salas cirúrgicas fazem parte do projeto de expansão.
Pai da ideia de um novo IJF, Heitor agora fala em “equívoco” quando se refere à antiga proposta, parte de seu programa de governo, caso tivesse sido eleito.
Para ele, a resolução dos problemas da saúde na Capital passa por triagem do atendimento da população no IJF a fim de evitar superlotação. Essa triagem, explica, seria feita para garantir médicos e remédios nos postos de saúde.
Candidato derrotado em 2012 e pré-candidato à Prefeitura em 2016 pelo PSB, Heitor Férrer aproveitou para criticar a gestão de RC, que chamou de “fraude” e “enganação”.
Em ano eleitoral, o terceiro colocado na última disputa pelo Executivo municipal apontou erros do gestor à frente do governo, mas também reconheceu acertos nos últimos três anos. Sobre obras de mobilidade, por exemplo, o pessebista admite: são políticas públicas “elogiáveis”.
Porém, ressalva: “Ele (RC) vende produtos e não entrega. Quando o prefeito estabelece um programa de governo e, ao final, grande parte dessas promessas não foi cumprida, houve uma fraude. Houve uma enganação por parte do gestor”.
Campanha
Heitor Férrer, que afina o discurso opositor e trabalha apoios políticos para a sua candidatura nos próximos meses, reuniu-se recentemente com o senador Tasso Jereissati em busca de apoio na eleição.
Conversas com Solidariedade, PRB, PTN, PSC e alas do PMDB estão sendo feitas no sentido de fortalecer a candidatura municipal. (colaborou João Marcelo Sena)