Luperce teve 10 irmãos, também instrumentistas. Reunidos, eles formaram uma orquestra caseira. Aos oito anos de idade, Luperce Miranda começou a ter contato com o bandolim. Sua primeira composição foi um frevo, em 1919, quando tinha 15 anos de idade. No ano seguinte, organizou a orquestra Jazz Leão do Norte, integrada por nove músicos, em que tocava piano.

Em 1926, passou a integrar o conjunto Turunas da Mauricéia, grupo formado pelos irmãos João (bandolim), Romualdo Miranda e Manoel de Lima e João Frazão (violão), além do cantor Augusto Calheiros. O nome Turunas da Mauricéia foi escolhido por sugestão do historiador Mário Melo, em lembrança aos tempos do domínio holandês e do Governo de Maurício de Nassau.

No final de 1927, o grupo gravou 20 músicas pela Odeon, sendo três - os sambas "Pinião" e "O pequeno Tururu" e a canção "Belezas do sertão" - de autoria Luperce Miranda e Augusto Calheiros.

Nesse mesmo ano, animado com o sucesso dos Turunas, organizou em Recife um novo conjunto: Voz do Sertão, no qual tocava bandolim. O grupo era integrado ainda por Meira (violão), José Ferreira (cavaquinho), Robson Florence, (bandolim) e Minona Carneiro (voz). Luperce Miranda morreu no dia 5 de abril de 1977, aos 73 anos.

Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
Da Redação/GS