Para a maioria (63,5%), é necessário criar uma legislação que aumente o poder de fiscalização do Estado sobre essas construções, além de punir os responsáveis. Já 23,1% dos participantes entendem que deveria haver maior fiscalização na construção e manutenção dessas barragens, sobretudo por conter resíduos nocivos à saúde pública e à natureza. Outros 13,5% consideram que é preciso proibir esse tipo de atividade no País, tendo em vista o impacto causado ao meio ambiente.

O deputado Roberto Mesquita (PV) parabenizou a enquete do site pela importância do tema levantado. Para o parlamentar, as três opiniões são relevantes. “Deve haver grande fiscalização na construção. Depois de construídas essas barragens, deve ainda haver punição das empresas que não cumprirem com a fiscalização. É necessário também buscar novas tecnologias para tornar mais seguras as barragens de resíduos nocivos”, assinalou.

O deputado Carlos Matos (PSDB) também frisou a importância de buscar novas tecnologias para essas barragens. “A construção de uma barragem de resíduo precisa ser fiscalizada pela empresa e pelo Estado. No caso de desastres de rompimento, a empresa não deve apenas pagar uma multa, porque o estrago já estará feito, o certo é caçar a licença da envolvida”, salientou.

O professor de engenharia civil e de engenharia ambiental da Universidade Federal do Ceará (UFC), Anderson Borghetti, observa que já existe fiscalização na construção de barragens de resíduo. “O certo é cobrar maior fiscalização na hora da construção da barragem e realizar vistorias constantes. No caso de rompimento de uma barragem de resíduos tóxicos, ou não, o desastre ambiental é muito grande, portanto, a segurança na hora de construir esses equipamentos deve ser redobrada”, frisou.
GM/AT