Ganhou de seu pai o primeiro acordeon e, dois anos depois, aventurava-se na estrada, rumo a Brasília. Com apenas 19 nos, apresentou-se nas primeiras casas de espetáculo da cidade.
Anos depois, no Rio de Janeiro, tocou na famosa Alvorada Sertaneja do Coronel Narcizinho, na rádio Mayrink Veiga. Convidado por Leonel Cruz, que alguns admiradores consideram seu descobridor, participou de um LP, executando duas faixas, e logo se destacou.
Noca do Acordeon começou na Chanteclair, onde gravou a música "Baião da Saudade", o ponto alto da sua caminhada musical. No auge da carreira, recebeu o título de melhor solista do Brasil, em solenidade realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
O artista morreu em consequência de um enfarto na casa de familiares, em 28 de julho de 1985, na cidade de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Deixou três filhos, que não seguiram a arte de tocar sanfona.
Pouco se sabe sobre esse artista. Há registro de sua passagem pelo Ceará. Noca do Acordeon acompanhava Jackson do Pandeiro, que se apresentava em vagões de luxo de trens. Alguns acreditam que, naquele momento, surgiu a inspiração para a música "De Fortaleza a Sobral". É o que consta no livro "Coroa de Couro: Uma biografia de Jackson do Pandeiro", dos jornalistas paraibanos Fernando Moura e Antônio Vicente, lançado no ano de 2001, 19 anos depois de sua morte. O livro também revela que Noca foi aconselhado por Jackson do Pandeiro a gravar e seguir carreira, desenvolvendo o seu talento.
Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
Da Redação