Assembleia expectativa de tensão. Ontem, o deputado Agenor Neto (PMDB), que virou oposicionista - vale lembrar que ele foi alvo de questionamentos da direção do partido, por ter apoiado Camilo Santana na eleição de 2014, deixando Eunício Oliveira na mão -, concitava entidades a lotar as galerias da Casa. "Mas de forma pacífica, sem agressão, sem xingamentos", dizia. Tá.
A Assembleia deve votar hoje as alterações de alíquotas propostas pelo Governo do Estado para o IPVA e o ICMS. Há, nesse cenário, um aspecto que vai além da sempre tumultuada relação entre situacionistas e opositores. É que, mesmo inspirando discursos inflamados e repletos de soluções, a matéria não reserva ilusões para os adversários do Palácio da Abolição. O tucano Carlos Matos já havia até dado a peleja por perdida, observando na tribuna o tamanho e a força da base aliada. Foram apenas 13 dias entre o início da tramitação - quando a proposta deu entrada no protocolo do Legislativo, no último dia 12 - e a chancela final pelos votos em plenário, nesta quinta. É pouco, segundo a oposição, que, meio de pirraça, define a conduta governista como uma expressão que tem status de crítica pesada: "rolo compressor".
"Alguém precisa pagar essa conta, e a grande massa da população, que não consome esses produtos, não será atingida"
Deputado Odilon Aguiar (Pros)Lembrando que o itens que registrarão aumento na alíquota do ICMS no Ceará "são supérfluos, para consumo dos ricaços". E "esquecendo" que a gasolina está na lista