Com mais de 700 músicas gravadas por ele e outros músicos e intérpretes, Ary Lobo começou a tocar em programas de calouros na Rádio Clube do Pará, com o conjunto Namorados Tropicais. Por influência do compositor Pires Cavalcanti, foi para o Rio de Janeiro, e, com a ajuda do compositor e pianista Gadé, apresentou-se na rádio Mauá.

Antes de se tornar popular como cantor, exerceu diversas profissões, incluindo a de mecânico e músico corneteiro na Força Aérea Brasileira. Também cantou no Teatro Arthur Azevedo. Na plateia de um show em São Luiz, no Maranhão, estava Luiz Gonzaga, que gostou dele e o convidou para acompanhá-lo ao Rio de Janeiro. Ary Lobo, no entanto, não foi, em razão de compromissos assumidos.

Em 1958, gravou o primeiro disco, pela RCA, interpretando o batuque Sentinela do Mar, de Alventino Cavalcanti e Hilton Simões, e o rojão Forró do Cabo Gato, de Babosa da Silva e José Pereira.

A faixa título do disco é "O último pau de arara", de Venâncio Corumba e J. Guimarães. As demais são: "Que choro é esse", de Manoel Francisco e Pires Cavalcante; "Forró de Piancó", de Jayme Florence e N. Wanderley;  "Dona Conceição", de Pires Cavalcante; "O vendedor de caranguejo", de Gordurinha; "Tum-tum-tum", de Tito Neto e De Vandia; "Renda-dá", de Gadé e Walfrido Silva, e "Visite o terreiro", de Edgar Ferreira. Ary Lobo morreu aos 50 anos de idade, no dia 22 de agosto de 1980, em Fortaleza.

Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar às 18h de domingo, com reprise às terças-feiras, às 23h.
Da Redação