Ele disse ter constatado o problema pessoalmente, após provocação de moradores do entorno. Para o pedetista, é preocupante o fato de uma unidade de saúde fechar justo quando a cidade enfrenta uma epidemia de dengue e virose. Médico, Heitor trabalhou no posto durante cinco anos. Saiu de lá em dezembro de 2002. “Era um posto padrão. Tinha médicos, dentistas, prevenção de câncer ginecológico e até fisioterapia. É entristecedor você encontrar tudo fechado”, citou.

Na opinião de Heitor, a Prefeitura devia era reforçar as equipes multidisciplinares. Ele frisou que 88% da população da Capital depende diretamente do serviço público de saúde. “E fecharam por um problema perfeitamente sanável. O que custa a uma administração pública mandar consertar uma caixa d'água? Toda uma coletividade está sem assistência médica. Isto é inaceitável. É o certificado de ineficiência administrativa; da falta de compromisso com a população”, criticou.

Expondo jornais locais, o parlamentar afirmou que situações similares acontecem em outras unidades. Há casos em que atendimentos só são realizados no período da manhã. “Isso é uma tragédia na saúde pública do nosso município. É um caos”, resumiu.

Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) classificou o episódio como “sem explicação”. “Muito mais criminoso do que fechar esse posto é a consequência do fechamento desse posto, que vai tirar a oportunidade dos grandes hospitais de fazerem a contrapartida na justa conta do que a sociedade merece. Isso é doloroso; perverso; duro”.

Já o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) informou que pesquisas realizadas em todo o País indicam a saúde como o setor de maior preocupação popular. “É caro se fazer saúde de qualidade. Mas prevenir na rede primária é barato. Um dos motivos para o caos na saúde é as prefeituras não cumprirem seu papel. A rede terciária tem cada vez mais dificuldade. Casos que eram para ser resolvidos nos postos vão para hospitais”, pontuou.
BC/LF