Um total de 1.724 policiais militares do Ceará está afastado da corporação por licença psiquiátrica. Em 2010 eram 5.178 os PMs de licença, com suspensão da arma de fogo, o que caracteriza problemas psiquiátricos. No ano seguinte, eram 3.575. Os números foram divulgados durante o 1ª Seminário de Saúde Mental de Profissionais de Segurança, realizado na tarde de ontem, na Assembleia Legislativa.
Profissionais da saúde mental criticaram a falta de especialistas trabalhando na corporação para cuidar desses profissionais e realizar o acompanhamento necessário. Segundo o representante da Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, Pedro Queiroz, os números são da Perícia Médica e divulgados no Boletim do Comando Geral da PMCE, obtido pelas associações.
Conforme o presidente da Associação de Cabos e Soldados (ASMCE), Elisiano Queiroz, existem quatro profissionais na área da saúde mental para atender os 17 mil homens que integram a corporação. E as associações não têm psicólogos.
De acordo com a psicóloga Rebeca Moreira, dados do ano passado mostravam que o Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (Issec) não contava com profissionais da área de saúde mental.