O parlamentar explicou que o Grande Bom Jardim é uma região de muitos conflitos, com indicadores sociais muito negativos, mas tem uma juventude que resiste, que faz arte e cultura, e se ressente do sucateamento das atividades ofertadas pelo  Centro Cultural do Bom Jardim. "O secretário Guilherme Sampaio assinou a ordem de serviço para a manutenção do Centro, mas nós queremos o compromisso do custeio para a manutenção e o fortalecimento das atividades do Centro Cultural", destacou.

O secretário Guilherme Sampaio disse que é o Centro Cultural do Bom Jardim foi conquistado com a luta dos moradores e é justo que a comunidade do bairro reivindique um tratamento diferenciado do Estado. "Eu me associo a comunidade e reconheço que as reivindicações são pertinentes e justas. O Centro Cultural do Bom Jardim deve ser visto pela sua singularidade", afirmou.

O secretário prometeu se esforçar para garantir mais investimentos públicos para o Centro Cultural do Bom Jardim. Ele afirmou que mesmo durante a reforma do prédio, as atividades serão mantidas e adiantou que está negociando com a Secretaria do Planejamento e Gestão a ampliação dos recursos no orçamento de 2016 para o contrato de gestão do Centro Cultural do Bom Jardim. Essa ampliação dos recursos, segundo Guilherme Sampaio, vai ser determinante para que o Centro Cultura não tenha atividades em apenas alguns meses do ano, mas que sejam permanentes.

O professor Ícaro Amorim Martins, representante do Fórum de Cultura do Grande Bom Jardim, informou que as atividades de formação estão paralisadas desde dezembro de 2014 e que a programação que existe hoje é resultado do esforço dos grupos. "Não há uma política efetiva e continuada de formação de plateia, de inserção pelas diversas e variadas comunidades do bairro", destacou.

Katiana Pena, que também representa o Fórum de Cultura do Bom Jardim, disse que o objetivo do Fórum é lutar para que o bairro tenha direito às políticas públicas culturais. Para isso, a comunidade reivindica garantia de investimento do Governo do Estado, a continuidade da formação, transparência dos investimentos, início dos cursos e um projeto político-pedagógico para o Centro Cultural do Bom Jardim.

 Também participaram da audiência, David Barros Araújo, coordenador do Conselho Nacional da Juventude(Conjuv); João Wilson Damasceno, diretor da Ação Cultural do Instituto Dragão do Mar; Carla Melo da Escóssia, coordenadora do Ceará Pacífico, além da comunidade e de representantes da juventude do Grande Bom Jardim.    

WR/CG