Os deputados na Assembleia Legislativa externaram, ontem, a preocupação da possibilidade de a Controladoria Geral da União (CGU) perder o atual status de ministério, com a reforma administrativa que será anunciada pelo Governo Federal.
O deputado Elmano de Freitas (PT), que destinou seu pronunciamento para tratar do assunto, ressaltou que a Constituição Federal de 1988, restabeleceu princípios éticos e morais na busca por uma administração pública mais transparente no País. O petista salientou que algumas instituições como a imprensa, o Ministério Público, a Polícia Federal e a CGU, têm sido fundamentais no combate à corrupção.
“Quem conhece a administração pública sabe que há verdadeiros profissionais em maquiar a prestação de contas, e só é possível combater a corrupção quando há profissionais verdadeiros, como os servidores do CGU, que podem ter o seu trabalho bastante fragilizado na reforma ministerial em curso”, lamentou o petista.
O parlamentar pediu sensibilidade da bancada petista e do Governo para repensarem a decisão. “Espero que o meu partido e a nossa bancada digam, claramente, que querem a CGU como ministério e encorpada institucionalmente, porque ela é um patrimônio do povo brasileiro, e precisamos garantir a sua mais ampla liberdade de autonomia para investigações”, pontuou o deputado.
Moção de Apoio
A deputada doutora Silvana também defendeu que a Controladoria Geral da União permaneça como ministério e destacou que a CGU tem contribuído para a construção da democracia, que depende de instituições como estas que fiscalizam o emprego de verbas públicas. A parlamentar afirmou que fará um manifesto contra a posição do Governo Federal e pediu ajuda dos parlamentares.
Outros parlamentares destacaram a importância da CGU. Em aparte a deputada doutora Silvana, o líder do Governo, Evandro Leitão (PDT), disse que fiscalização é importante para a sociedade brasileira. “Tentamos trabalhar de forma correta, precisamos ter um braço como o da Controladoria. Esperamos que a CGU não seja extinta”, pontuou.