Após polêmica, três requerimentos foram aprovados na sessão de ontem na Assembleia Legislativa, dois deles de autoria do deputado Capitão Wagner (PR). Um gerou discussão até que o líder do Governo na Casa, Evandro Leitão (PDT), avisou estar de acordo. O requerimento de Wagner Sousa pedia a relação dos funcionários terceirizados e dos aprovados no último concurso da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
O requerente justificou que o objetivo não era acusar a Companhia nem o Governo do Estado, mas se certificar se terceirizados estariam ocupando vagas de candidatos aprovados no certame. "Chegou denúncia em meu gabinete que terceirizados exercem atividade-fim na Cagece. Se o Governo se negar em dar essa informação, vou começar a achar que existe alguma irregularidade", defendeu.
O deputado Danniel Oliveira, líder do PMDB na Assembleia, ponderou que a liderança do Governo deveria entender que o requerimento solicita informações não confidenciais. Evandro Leitão informou ter conversado com o presidente da Cagece, Neurisângelo Freitas, que se comprometeu em ceder a lista.
Professores
Ainda na sessão de ontem, foi aprovado outro requerimento de Capitão Wagner pedindo revisão do concurso realizado pela Prefeitura de Fortaleza para a contratação de professores efetivos, realizado pelo Instituto Municipal de Desenvolvimento de Recursos Humanos de Fortaleza (Imparh). Segundo ele, inúmeras falhas na elaboração das provas provocaram a eliminação de quase 90% dos candidatos na primeira fase. A aprovação motivou aplausos de professores que acompanharam a sessão das galerias da Assembleia.
Audic Mota (PMDB) criticou a terceirização dos contratos temporários. "Isso precariza demais a relação, com contratos que não pagam devidamente os trabalhadores", assinalou. Sem defesa por parte da base aliada, o deputado Elmano Freitas (PT) afirmou que são 11 mil professores no município e cerca de mil tiram licença de forma sistemática. "Também serão necessários professores temporários para cobrir eventuais ausências dos titulares", afirmou, defendendo que as provas sejam revistas.