A clonagem é uma droga
Tramita na Assembleia projeto do deputado Ferreira Aragão (PDT) que prevê em eventos artísticos, culturais e esportivos destinados ao público infanto-juvenil a exibição de mensagens em texto, orais ou em vídeos alertando sobre os perigos do uso de drogas (veja em http://bit.ly/w2TTnz). O projeto foi clonado. Tem DNA paulista e foi apresentado em 2007 pelo deputado Gil Arantes (DEM). Depois, ganhou réplica na Assembleia da Paraíba por artes do deputado Guilherme Almeida (PSC), que acrescentou a faixa etária do público. Mas a reprodução feita por Ferreira Aragão acabou virando um problema menor. Mais vexatório é o fato de que no ano passado o parlamento cearense aprovou e governador em exercício, Domingos Filho (PMDB) sancionou, em 19 de julho, matéria igualzinha. Também clonada, claro, a primeira proposta saiu do gabinete do deputado Téo Menezes (PSDB). Ou seja, o contribuinte pagou duas vezes pela mesma cópia.
Não bastando a clonagem no Legislativo estadual, a proposta também foi copiada na Câmara de Fortaleza por Plácido Filho. O vereador do PDT ainda adicionou um detalhe: os ingressos também deverão conter mensagens antidrogas. Mesma ideia que, no ano passado, Paulo Facó (PTdoB) teve na Assembleia. Aí já é overdose.