O presidente estadual do PDT, André Figueiredo, engrossa o coro pela permanência de Heitor Férrer no partido. “É um companheiro valoroso”, afirma. Entretanto, ele pede a compreensão do ainda correligionário.
De acordo com o dirigente, a filiação do clã dos Ferreira Gomes é parte de uma estratégia nacional do PDT, que tenta colocar-se como uma alternativa à polarização entre PT e PSDB. Para isso, um nome forte como os de Ciro e Cid seriam importantes. “Todas aquelas pessoas que querem um Brasil melhor têm que minimizar os projetos pessoais”, afirmou, referindo-se ao projeto de Heitor candidatar-se à prefeito.
O próprio deputado estadual diz ter ciência disso. “Eu sou vítima de um projeto nacional”, lamenta. Entretanto, afirma que “em momento nenhum, chegaria a lideranças nacionais pedindo que não os filiassem”.
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, na sexta-feira, já havia usado esta tese. “O Heitor tem um grande valor. Tenho profundo carinho e respeito por ele, mas ele tem que entender que o PDT tem um projeto nacional. E que o País é maior que a visão específica dele sobre uma ou outra cidade”, afirmou
Ciro
Com a filiação dos Ferreira Gomes, o nome de Ciro se tornou quase certo como o que encabeçará este “projeto nacional”. De acordo com Figueiredo, “é um nome que tem tudo para ser presidente do Brasil”.
Lupi já vinha apontando Ciro como o presidenciável da legenda desde o fim de junho. “Ele, claro, pode ser nosso candidato. Por que não?”, disse à agência Reuters (RS).