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Jornalistas discutem demissões em empresas de comunicação - QR Code Friendly
Quinta, 20 Agosto 2015 19:53

Jornalistas discutem demissões em empresas de comunicação

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Audiência Pública Audiência Pública Foto: Divulgação AL-CE
Jornalistas debateram o futuro de sua profissão em audiência pública, realizada nesta quinta-feira (20/08), na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da AL. O evento atendeu a requerimento do deputado Elmano Freitas (PT), que ressaltou atender a uma solicitação do Sindicato dos Jornalistas no Ceará (Sindjorce).

A jornalista e professora Sylvia Debossan Moretzsohn, da Universidade Federal Fluminense (UFF), mostrou preocupação em relação à precarização do trabalho e demissões em massa de grandes jornais. De acordo com ela, segundo levantamentos feitos por sites de comunicação, em três anos, cerca de 1.100 jornalistas foram demitidos de redações em todo o Brasil.

Segundo Sylvia, para avaliar a situação em que vive a categoria, é necessário entender o período de transição em que se encontra o jornalismo, devido à priorização do conteúdo digital e como a tecnologia mudou a publicidade. Antes da internet, a publicidade chegava ao receptor apenas pela mediação de jornais, revistas, televisão e rádio.

"Hoje, não só as empresas que produzem os anúncios para serem publicados pela mídia tradicional, como as fontes de forma geral, podem falar direto com o público. Queimam essa etapa de mediação que as empresas jornalísticas faziam e falam direto ao consumidor, causando perda de receita, talvez irreversível. A saída para sanar as finanças é demitir, não pensam em outra alternativa”, analisou Sylvia.

Para o professor Rafael Rodrigues, coordenador do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC), o mercado jornalístico do Estado é institucionalizado, pois a maioria dos jornalistas trabalha em grandes empresas de comunicação, que é o local onde mais ocorrem cortes. “Todo ano, sabemos que há cortes nessas empresas. Uma prática comum é demitir jornalistas que estão perto de se aposentar, para que não sejam pagos os seus direitos”.

O deputado Elmano Freitas ressaltou a importância da valorização do profissional, além da garantia de segurança no exercício da profissão. “A profissão é fundamental, pois garante ao cidadão o acesso à informação e a visão de especialistas sobre determinados temas. Mas ela tem de ser valorizada. Tem que ter o mínimo de segurança em sua atividade, seja em estúdio, no campo, muitas vezes cobrindo situações perigosas”, destacou o parlamentar.

A presidente do Sindjorce, Samira de Castro, lembrou que a participação dos sindicatos é importante para a formação de consciência de classe da categoria. "Isso está cada vez mais difícil, por causa do rolo compressor do sistema capitalista, em que as pessoas são cada vez mais individualistas e não pensam em saídas coletivas". Samira ainda ressaltou a importância do envolvimento das universidades no debate, pois "a discussão sobre o jornalismo que queremos começa pela questão da qualidade do ensino de Jornalismo que é praticado nas faculdades".

Também participou do debate o coordenador do curso de Comunicação Social da Faculdade 7 de Setembro (FA7), Dílson Alexandre Mendonça.
LF/GS

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1404 vezes Última modificação em Sexta, 21 Agosto 2015 00:20

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