Talvez o principal opositor à ida do grupo dos Ferreira Gomes para o PDT, o deputado estadual pedetista Heitor Férrer diz ainda acreditar que a filiação do grupo não se concretize. Se confirmada, a mudança impossibilitaria a candidatura de Heitor à Prefeitura de Fortaleza pelo partido, já que o atual prefeito Roberto Cláudio não abriria mão de disputar reeleição.
Ao O POVO, Heitor criticou a postura de Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, de acolher a entrada de RC na sigla após o resultado das eleições de 2012, quando o pedetista terminou a disputa em terceiro lugar. “Não havia necessidade de chamar o Roberto Cláudio quando já tinha um bom nome para a eleição, um quadro histórico do partido. Esse nome deveria ser preservado para a disputa seguinte ”, afirmou.
O deputado, no entanto, diz “entender as pessoas” e o “projeto nacional” do partido. Segundo ele, quando há pretensão de disputar a presidência do País, é normal que a questão local fique em segundo plano. “O partido não teve interesse específico contra mim, mas causa um efeito colateral real na disputa para a Prefeitura de Fortaleza, porque ele prejudica uma vontade nossa. Não foi algo premeditado e desrespeitoso”, amenizou.
Lupi afirma que Heitor “tem razão” e, ainda que as negociações para eventual candidatura à presidência não estejam sendo feitas, os nomes de Cid e Ciro Gomes “extrapolam o Ceará e têm dimensão nacional, que é mais preponderante que a local”. (Letícia Alves)