Para o deputado Moisés Braz (PT) há uma clara preocupação dos servidores públicos em saldarem seus compromissos financeiros. Porém, ele destaca que quase um quinto dos trabalhadores ainda pretende depositar em poupança, demonstrando que é possível estabelecer um equilíbrio financeiro com os seus rendimentos.  “O servidor público está procurando ser mais cauteloso em suas despesas”, acentuou.

O deputado Heitor Férrer (PDT) observou que a situação do País, com desenho de um quadro de recessão ou de crescimento do Produto Interno Bruto bem reduzido, afeta o comportamento econômico dos servidores, que passam a se preocupar mais em liquidar as suas dívidas. O parlamentar salientou que o cenário incerto para o futuro faz com que todos se preocupem mais em administrar de forma mais austera as finanças. “Não há como se prever 2016, mas os indicadores não permitem previsões muito otimistas”, disse.

Para o economista Raimundo Ribeiro Neto, há um clima de crise financeira no ar, a partir da elevação das taxas de juros bancários, e do aumento das tarifas controladas pelo Governo Federal, que “faz com que as pessoas passem a se preocupar mais com as despesas do dia a dia”. Ele salientou, contudo, que a quitação de dívidas é uma forma de o servidor fugir dos juros praticados pelo mercado, dando um pouco mais de conforto aos orçamentos. “Todo clima de incerteza sempre demanda um maior planejamento e controle dos gastos, para que haja um pouco mais de tranquilidade econômica”, frisou.  
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