Segundo os organizadores, ideia é buscar alternativas ao corte dos serviços públicos anunciados pelo Governo Federal, como os R$ 69,9 bilhões em despesas previstas para este ano, dos quais 30% são em educação e saúde. A discussão proposta pelo seminário prevê dois pontos principais: no âmbito da tributação, busca debater sobre formas alternativas de arrecadação que não recaiam somente sobre o trabalhador, como a tributação sobre grandes fortunas e sobre lucros e dividendos. No âmbito da política monetária, discutir a questão dos juros, que têm sido elevados constantemente pelo Comitê de Política Monetária do  Banco Central (Copom).

O deputado Renato Roseno (Psol), que participa como coordenador da mesa, ressalta que “é fundamental para a sociedade brasileira discutir mecanismos para taxar as grandes fortunas e debater por que o Brasil se mantém refém do capital financeiro, destinando absurdos 45% do Orçamento Geral da União para pagar os juros da dívida pública, o que representa 17% do nosso Produto Interno Bruto (PIB)”.     
              
Foram convidados como palestrantes Sérgio Horn, presidente do Instituto de Justiça Federal, e Anderson de Albuquerque, coordenador da Auditoria Cidadã da Dívida (Núcleo Ceará). Como debatedor, Marcelo Lettieri Siqueira, auditor Fiscal da Receita Federal, representante do Sindicato Nacional dos  Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco-Ceará), além do representante do Fórum Permanente em Defesa do Serviço Público, Adriano  Custódio, do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, da Delegacia Sindical do Ceará (Anffa Sindical).
WR/CG