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Especialista defende mudanças na forma de divulgar informações sobre violência - QR Code Friendly
Quarta, 24 Junho 2015 17:09

Especialista defende mudanças na forma de divulgar informações sobre violência

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Audiência pública debate mudanças nas formas de divulgação de informações sobre violência nos meios de comunicação Audiência pública debate mudanças nas formas de divulgação de informações sobre violência nos meios de comunicação Foto: Dário Gabriel
O pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV-UFC) Fábio Paiva defendeu, na tarde desta quarta-feira (24/06), mudanças nas formas de divulgação de informações sobre violência nos meios de comunicação. O especialista participou de audiência pública da Comissão de Defesa Social para discutir o tema.

Apesar de constatar um aumento da exposição de imagens violentas na mídia, Fábio Paiva avalia que é mais preocupante a convivência com a criminalidade no cotidiano do que o conteúdo que é transmitido pelos meios de comunicação. “Muitas vezes, quando assistimos aos programas policiais, vemos um corpo no chão e pessoas olhando. Nessa roda existem crianças, e isso é muito mais prejudicial do que o conteúdo que está sendo veiculado, embora seja preciso rever a forma de levar a informação violenta à televisão ou outros meios de comunicação”, analisou.

Segundo Fábio Paiva, não existe um dado concreto que afirme que o desenho animado ou o brinquedo mude o comportamento da criança. Para ele, a mudança de atitude está relacionada ao cuidado e atenção da família. “Hoje estamos trabalhando com as crianças de maneira mais lúdica do que na década de 1970 e 1980, quando se tinha muito mais material violento. Acho que deve haver um cuidado com o que a criança vê dentro de casa. Isso pode mudar o comportamento”, explicou.  

Uma mudança na grade de programação da televisão também foi defendida pelo deputado Capitão Wagner (PR), autor do debate. “Queremos que a informação seja repassada, mas é preciso rever esses tipos de programas que são veiculados na hora do almoço, por exemplo. Existe muito sensacionalismo na passagem das informações, não apenas no Ceará, mas em todo o Brasil. É importante passar não apenas as informações ruins, mas as boas práticas”, alertou Capitão Wagner.

Com relação aos jogos violentos, o parlamentar avaliou que esse tipo de brinquedo pode acabar influenciando desde cedo o comportamento violento. Segundo ele, muitas vezes, os pais saem para trabalhar e não têm tempo suficiente para fiscalizar esse tipo de brinquedo.

A diretora de comunicação da Agência da Boa Notícia, Ângela Marinho, disse que é preciso estimular a cultura de paz nos meios de comunicação. Ela chamou a atenção dos jornalistas sobre as suas responsabilidades com a notícia e pediu respeito aos direitos humanos e à privacidade das pessoas. “É preciso que sejam sensibilizados os estudantes de jornalismo, para que eles possam saber como deve ser passada a informação. A notícia deve ser dada, mas respeitando o espaço do outro”, alertou.

Já o representante da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, delegado Fernando Meneses, pediu empenho dos meios de comunicação no sentido de ajudar no combate à violência. De acordo com ele, é preciso que, além das notícias ruins, sejam repassados os resultados do setor. “Temos a imprensa como nossa aliada e, por isso, peço a fidelidade da informação, colocando, além dos fatores ruins, aquilo que tem ajudado a combater a violência em nosso Estado”, pontuou.   

A audiência foi presidida pelo deputado Robério Monteiro (Pros) e contou com a presença do deputado Renato Roseno (Psol); do assessor de comunicação da Polícia Militar, tenente-coronel Andrade Mendonça; do representante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ricardo Rodrigues; do professor da Universidade de Pernambuco (UFPE) Igor Lemos; da professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Inês Vitorino; do coordenador da Escola de Gestão Penitenciária e Socialização da Secretaria da Justiça, Antônio Rodrigues; do diretor de jornalismo da TV Cidade, João Paulo Guimarães; da representante do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, Samira de Castro, além de jornalistas, professores e estudantes de comunicação. 
DF/JU 

Especialista defende mudanças na forma de divulgar informações sobre violência

O pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV-UFC) Fábio Paiva defendeu, na tarde desta quarta-feira (24/06), mudanças nas formas de divulgação de informações sobre violência nos meios de comunicação. O especialista participou de audiência pública da Comissão de Defesa Social para discutir o tema.

Apesar de constatar um aumento da exposição de imagens violentas na mídia, Fábio Paiva avalia que é mais preocupante a convivência com a criminalidade no cotidiano do que o conteúdo que é transmitido pelos meios de comunicação. “Muitas vezes, quando assistimos aos programas policiais, vemos um corpo no chão e pessoas olhando. Nessa roda existem crianças, e isso é muito mais prejudicial do que o conteúdo que está sendo veiculado, embora seja preciso rever a forma de levar a informação violenta à televisão ou outros meios de comunicação”, analisou.

Segundo Fábio Paiva, não existe um dado concreto que afirme que o desenho animado ou o brinquedo mude o comportamento da criança. Para ele, a mudança de atitude está relacionada ao cuidado e atenção da família. “Hoje estamos trabalhando com as crianças de maneira mais lúdica do que na década de 1970 e 1980, quando se tinha muito mais material violento. Acho que deve haver um cuidado com o que a criança vê dentro de casa. Isso pode mudar o comportamento”, explicou.   

Uma mudança na grade de programação da televisão também foi defendida pelo deputado Capitão Wagner (PR), autor do debate. “Queremos que a informação seja repassada, mas é preciso rever esses tipos de programas que são veiculados na hora do almoço, por exemplo. Existe muito sensacionalismo na passagem das informações, não apenas no Ceará, mas em todo o Brasil. É importante passar não apenas as informações ruins, mas as boas práticas”, alertou Capitão Wagner.

Com relação aos jogos violentos, o parlamentar avaliou que esse tipo de brinquedo pode acabar influenciando desde cedo o comportamento violento. Segundo ele, muitas vezes, os pais saem para trabalhar e não têm tempo suficiente para fiscalizar esse tipo de brinquedo.

A diretora de comunicação da Agência da Boa Notícia, Ângela Marinho, disse que é preciso estimular a cultura de paz nos meios de comunicação. Ela chamou a atenção dos jornalistas sobre as suas responsabilidades com a notícia e pediu respeito aos direitos humanos e à privacidade das pessoas. “É preciso que sejam sensibilizados os estudantes de jornalismo, para que eles possam saber como deve ser passada a informação. A notícia deve ser dada, mas respeitando o espaço do outro”, alertou.

Já o representante da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, delegado Fernando Meneses, pediu empenho dos meios de comunicação no sentido de ajudar no combate à violência. De acordo com ele, é preciso que, além das notícias ruins, sejam repassados os resultados do setor. “Temos a imprensa como nossa aliada e, por isso, peço a fidelidade da informação, colocando, além dos fatores ruins, aquilo que tem ajudado a combater a violência em nosso Estado”, pontuou.   

A audiência foi presidida pelo deputado Robério Monteiro (Pros) e contou com a presença do deputado Renato Roseno (Psol); do assessor de comunicação da Polícia Militar, tenente-coronel Andrade Mendonça; do representante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ricardo Rodrigues; do professor da Universidade de Pernambuco (UFPE) Igor Lemos; da professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Inês Vitorino; do coordenador da Escola de Gestão Penitenciária e Socialização da Secretaria da Justiça, Antônio Rodrigues; do diretor de jornalismo da TV Cidade, João Paulo Guimarães; da representante do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, Samira de Castro, além de jornalistas, professores e estudantes de comunicação. 

DF/JU 

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1164 vezes Última modificação em Quarta, 24 Junho 2015 17:17

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