O governador do Estado, Camilo Santana afirmou, ontem, que o Estado do Ceará deve receber do Ministério da Integração Nacional, ainda no mês de junho, um aporte de R$ 70 milhões para combater os efeitos da seca. Segundo informou, alguns municípios cearenses já contam com gerenciamento de água com redução de abastecimento.
Conforme informou o chefe do Poder Executivo, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, virá ainda neste mês ao Ceará para liberar o montante federal, que deve ficar, de acordo com Santana, no valor de R$ 70 milhões somente para o Estado, visando a construção de algumas adutoras, a começar pelo Município de Quixeramobim, que deve passar por problemas graves de falta de água já nos meses de julho e agosto, e por isso deve ter uma atenção especial já nos próximos dias.
"Temos equipes monitorando o nível de criticidade de cada Município, porque assim ficamos sabendo qual ação deve ser empreendida em cada um deles. Este ano não será fácil, e no segundo semestre teremos mais dificuldades". Ele disse ainda que emergencialmente, o Estado está mantendo esforços para perfuração de poços, continuidade da política dos carros-pipa e construção de adutoras.
"Não tem mágica. É adutora, perfuração de poços e carros-pipa. No segundo semestre, pelas perspectivas da Funceme, as coisas devem ficar mais difíceis", afirmou, ressaltando que deverá realizar novas licitações, nos próximos meses, para perfuração de mais poços profundos. Dos R$ 70 milhões que podem ser liberados pelo Ministério da Integração, pelo menos R$ 22 milhões serão para continuidade do abastecimento de água através dos carros-pipa nas áreas urbanas.
Transposição
Ele lembrou ainda, que além do trabalho emergencial, o Governo do Estado, juntamente com o Governo Federal, está atuando em obras estruturantes que devem melhorar as condições do consumo de água a médio e longo prazo, como a Transposição de águas do São Francisco e Cinturão das Águas. "Isso é fundamental para que a água chegue até o Município de Jati, e com isso possa garantir abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza e Baixo Jaguaribe, caso não haja uma boa quadra chuvosa no ano que vem".
Camilo voltou a defender o Plano de Convivência com a Seca, apresentado por ele no início do ano na Assembleia, que foi, inclusive, entregue a presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Integração Nacional.