Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas defendem melhores salários e condições de trabalho
Ao avaliar o resultado da enquete, o líder do Governo na Assembleia, deputado Evandro Leitão (PDT), ressaltou que, no momento, há aproximadamente 1.500 vagas disponíveis nas unidades do Sistema Nacional de Emprego/ Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT) do Ceará. "Temos muitas oportunidades, sobretudo pelo bom desempenho do setor de serviços. Contudo, há dois desafios a enfrentar nesse cenário: capacitar a mão de obra para ocupar essas vagas e oferecer remuneração mais adequada", avaliou Evandro.
Segundo o líder, o Governo do Ceará faz sua parte, atraindo empresas para se instalar no Estado, com empregos de qualidade, além de realizar estudos e pesquisas na área do trabalho e do desenvolvimento social e promover capacitação e qualificação profissional.
O deputado Capitão Wagner (PR) lembrou que os trabalhadores estão lutando para manter as conquistas trabalhistas, haja vista a recente aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei das terceirizações (PL 4.330/2004). O parlamentar destacou que a nova legislação, se entrar em vigor, significará perdas de conquistas e redução salarial. “O momento é de resistência, para que não haja prejuízos para os trabalhadores” acentuou Capitão Wagner.
O deputado Heitor Férrer (PDT) admitiu que a luta por melhorias salariais e condições de trabalho é uma constante na classe trabalhadora. Porém, considera que o momento atual exige um maior esforço na preservação das conquistas trabalhistas. “As crises econômicas sempre ameaçam as conquistas históricas. O primeiro a ser obrigado a apertar o cinto é o trabalhador, porque é o mais frágil na cadeia produtiva”, frisou o parlamentar.
O advogado trabalhista Thiago Câmara, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, também admite que o momento é de luta pela preservação das garantias trabalhistas. Segundo ele, os empregadores estão querendo reduzir os investimentos dos governos nas áreas sociais, o que poderá também significar perda de conquistas históricas. Thiago Câmara considera que a mudança da legislação, permitindo a terceirização das atividades, implicará em reduções salariais e outras perdas de direitos históricos da classe trabalhadora. “Mas as três respostas da enquete se complementam, porque não é possível buscar melhores salários e condições de trabalho se as conquistas trabalhistas não forem preservadas. E só pode haver novos ganhos se os trabalhadores estiverem aptos para desempenhar novas funções que surgem com a modernização do processo produtivo”, avaliou.
JS/AT