Segundo o parlamentar, havendo uma licitação nacional, as grandes multinacionais “esmagarão” os produtores cearenses. “Vamos deixar de gerar quatro mil empregos e de trazer tecnologias modernas que tem feito com que a nossa semente seja de alta produtividade como tem sido até agora”, lamentou.

“Esse programa foi exemplar para todo o Brasil, mas, principalmente para o Nordeste. Não podemos mudar justo nessa grande seca que estamos passando esse ano”, afirmou.

Cirilo Pimenta sugeriu uma audiência pública na AL para debater o assunto. “A Casa sabe da importância desse programa e das necessidades e dificuldades dos trabalhadores rurais em tempos de seca”, ressaltou.

Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) salientou a necessidade de agilizar o Seguro Safra. “Precisamos garantir, nesse momento de seca, sobrevivência aos produtores que não tem renda e nem produção”, disse.

O deputado Nenen Coelho (PSD) parabenizou a iniciativa de discutir o assunto em audiência. “Vamos mostrar ao Governo e ao TCE a nossa preocupação. Não podemos permitir mais desemprego em nossas cidades”, defendeu.

Já o deputado João Jaime (PSDB) frisou que o maior problema da seca é o gado. “Sertanejo precisa saber o que vai fazer com o gado. Não se tem condições de comprar a ração no preço que está. Assim o Estado vai ter grande perda na pecuária esse ano”, disse.

O deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou que licitar o Hora de Plantar é um crime que estão fazendo aos cearenses que com a tecnologia da Embrapa produzem sementes, mas vão ter que competir com os grandes.
GM/LF