Na opinião de 77,9% dos participantes, as mudanças vão prejudicar o trabalhador ao cortar direitos e permitir a contratação de terceirizados para atividade-fim.
Outros 15,3% são a favor do projeto, pois regulamenta essa relação de trabalho, dando mais segurança ao empregado. Já 6,9% não têm opinião sobre o assunto.
O deputado Capitão Wagner (PR) concordou com a maioria dos internautas. Na avaliação dele, se aprovada, a lei vai reduzir os benefícios dos trabalhadores. “A proposta aumentará a rotatividade e a precarização das relações de trabalho”, disse.
Segundo o parlamentar, quatro em cada cinco acidentes de trabalho envolvem funcionários terceirizados. Além disso, os salários deles são 25% menores e a jornada de trabalho é de, em média, três horas a mais por semana. “Os prejuízos são muitos”, ressaltou.
Já o deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que a enquete mostra o posicionamento contrário da população trabalhadora ao projeto de lei da terceirização. O parlamentar avaliou que a iniciativa visa à redução de direitos, achatamento de salários, aumento da rotatividade e prejuízo de serviços.
“Os únicos interessados são os grandes empresários do setor, que, caso o projeto seja aprovado, transformando-se em lei, passarão a ter mais liberdade e campo de atuação. O projeto de lei visa à legalização do que hoje a Justiça do Trabalho entende como fraude, ou seja, a terceirização de atividade-fim”, avaliou.
O deputado Carlos Matos (PSDB) se posicionou a favor da lei das terceirizações. De acordo com ele, o projeto de lei regulamenta e resguarda os trabalhadores. “A lei não é para criar terceirizados, e sim para regulamentar um segmento que já existe. Hoje, 12 milhões de trabalhadores são terceirizados e trabalham sem proteção alguma. O projeto pretende aperfeiçoar essa relação de trabalho”, defendeu.
O advogado trabalhista e empresarial Fábio Ozório disse que o projeto de lei da terceirização tem pontos positivos e negativos. “Vai existir a diminuição de custo para a empresa, que pode contratar um funcionário terceirizado por um salário menor, mas nenhuma empresa pode ter 100% de terceirizados, por exemplo”, comentou.
GM/GS