Também fizeram parte da mesa de trabalho representantes da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio; da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Renato Aragão; da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Helder Cortês; da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Nicolas Fabri; da Federação da Agricultura, Flávio Sabóya, além do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Marcos Sanches, que apresentou o tema.
De acordo com Marcos Sanches, se nenhuma providência for tomada pelos dirigentes do País e pela população em relação às mudanças climáticas, o Brasil poderá perder cerca de R$ 3,6 trilhões do PIB, entre 2010 e 2050. Ele destacou que o Sudeste do Brasil está precisando aprender como se comportar diante das adversidades do tempo com o Nordeste, região que convive com intempéries climáticas desde sempre. “Nós temos de decidir o quanto queremos deixar de crescer nos próximos 30 anos, para reduzir os desastres ambientais”, frisou Sanches.
O pesquisador destacou ainda que é preciso fazer muito em termos de educação ambiental no País. Conforme Sanches, há ainda agricultores que realizam queimadas de floresta, certos de estar tornando o solo mais fértil, quando a ideia é totalmente falsa e cientificamente equivocada. “Precisamos saber que tipo de mundo queremos deixar para as próximas gerações e o que fazer para reduzir os impactos maléficos no meio ambiente”, assinalou.
Elmano Freitas assinalou que o Ceará possui um bioma específico, a caatinga, e por isso deve adotar medidas também específicas, principalmente no que diz respeito ao combate à desertificação. Ele destacou que esse trabalho deve contar com o Governo e a sociedade, promovendo principalmente atividades educativas e socioambientais.
Para o secretário Artur Bruno, é preciso fazer a sociedade entender o que está em jogo quando se fala em mudanças climáticas. “É necessário que sejam adotadas ações concretas, com uma parceria entre o Executivo e o Legislativo.” Artur Bruno assegurou que todos os projetos de indicação visando à defesa do meio ambiente serão amplamente avaliados por sua Secretaria.
O secretário Inácio Arruda salientou que o meio ambiente e o agronegócio não mais podem ser vistos como antagonistas, mas sim parte do mesmo processo de desenvolvimento econômico e social.
Dedé Teixeira, secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, lembrou do seminário Rio +20, que incluiu na pauta o bioma caatinga. Disse que a Assembleia Legislativa deve se organizar para realizar o segundo seminário sobre o tema. Dra. Silvana acatou a sugestão e se colocou à disposição para o evento.
JS/AT