Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas consideram que mercado de trabalho favorece os homens
A presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher da AL, deputada Fernanda Pessoa (PR), associou-se à maioria ao afirmar que, infelizmente, não há uma paridade de gênero na ocupação profissional. “Acredito que o protagonismo feminino na política seja um dos caminhos para reduzirmos as diferenças. E, uma das minhas lutas, enquanto mulher e parlamentar, é pelos direitos iguais entre homens e mulheres. Busco ações que venham contribuir para o debate da igualdade de gênero e para assegurar a participação feminina nos espaços de decisão política”, disse.
Na mesma linha se manifestou a deputada Augusta Brito (PCdoB). “Há mulheres com a mesma qualificação profissional que os homens, mas que ainda assim sofrem discriminação, recebem salários baixos e são deixadas de lado”, disse.
O deputado Renato Roseno (Psol) acrescentou que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as mulheres ganham, em geral, 49% menos que os homens para cumprirem as mesmas tarefas. “Isso é a expressão inconteste do sexismo e machismo ainda existentes. As violências, discriminação, desigualdade no mercado de trabalho e o sexismo cotidiano são sentidos por mulheres, sobretudo as mais pobres e negras, que, além da desigualdade de gênero, sofrem o racismo, forjando uma teia de opressões e explorações”, avaliou.
O parlamentar entende que políticas de equidade são urgentes. “Num momento em que os fundamentalismos de muitas origens querem fazer retroceder conquistas importantes para a igualdade de gênero, temos que afirmar quão importante, mobilizador e estratégico para a formação de uma nova sociedade é o feminismo”, ponderou.
A professora e membro do Núcleo de Estudo de Gênero, Idade e Família da Universidade Federal do Ceará (UFC), Gema Galgani, concorda com a maioria dos internautas. Para ela, a sociedade continua a enxergar a mulher como um “complemento, ao contrário do homem, que permanece como o provedor da família”.
Essa lógica, conforme explicou, é “naturalizada no mercado de trabalho”. “Dessa forma, mesmo com a mulher sendo inserida no mercado de trabalho e mesmo com 35% das mulheres brasileiras consideradas chefes de família, a compreensão da sociedade é predominantemente patriarcal”, disse.
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