Os trabalhadores solicitaram da Assembleia Legislativa a intermediação junto à Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), para que a empresa responsável pelas obras cumpra os direitos trabalhistas dos operários. Entre as reivindicações estão a falta de refeitório, vestiário, atraso de pagamento, falta de alojamento e atraso no pagamento de vales-transporte.

“São questões de ordem de trabalho que precisam ser denunciadas, sem falar da questão dos maus-tratos. Estamos na Assembleia porque as obras são do Governo do Estado, e acredito que ele também deve ter responsabilidade sobre isso”, afirmou o representante do sindicato, Roberto Santos.

O deputado Tin Gomes entrou em contato com o secretário da Infraestrutura do Ceará, André Facó, que solicitou do sindicato a formalização da denúncia. Segundo o parlamentar, seu gabinete encaminhará o relatório e acompanhará o andamento da solicitação. “Vamos encaminhar esse relatório com as reivindicações e acompanhar para que tudo possa ser resolvido”, afirmou.

Presente ao encontro, o deputado Renato Roseno (Psol) também se prontificou em acompanhar as reivindicações dos trabalhadores. Para Roseno, muitas das denuncias são desumanas. “Muitas coisas que vocês relatam estão caracterizadas como trabalho escravo”, pontuou.

O empreendimento ao qual os trabalhadores se referem faz parte do compromisso firmado pelo Governo Estadual com a Petrobras, o Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Nacional do Índio (Funai) e as comunidades indígenas dos Anacé. A previsão é que os trabalhos executados pela construtora Batista Cavalcante, vencedora da licitação, fiquem prontos ainda este ano.
DF/CG