Você está aqui: Início Últimas Notícias Representação feminina diminui em grande parte dos parlamentos estaduais
No Ceará, sete mulheres foram legitimadas para a próxima legislatura. Atualmente, a bancada conta com cinco parlamentares. Em entrevista à rádio FM Assembleia (96,7 Mhz), a deputada Rachel Marques (PT) defendeu uma reforma política para que haja isonomia de gêneros no preenchimento de cargos públicos. “Para que a gente possa avançar essa presença feminina, temos que garantir uma reforma política que assegure uma lista preordenada, paritária e com alternância de gênero”, disse. Para ela, só assim pode-se garantir a presença das mulheres e permitir que questões específicas de gênero possam ser tratadas de forma mais justa nos parlamentos. “Mas, acima de tudo, porque a mulher quer participar da vida política e deve, dessa forma, ter a devida apresentação nesses espaços de poder e nos parlamentos”, pontuou.
Já a deputada Dra. Silvana (PMDB), uma das deputadas eleitas para a próxima legislatura, acredita que existe uma falta de estímulo na sociedade brasileira para que as mulheres ingressem na vida pública. “A minha avaliação é que existe um desestímulo, a mulher é mais presa ao cuidado com a família, com a casa e, como a vida pública requer muito, isso passa a ser o principal entrave para que a mulher queira ingressar na vida pública”, avaliou.
Na Câmara dos Deputados, foram eleitas 51 parlamentares mulheres. Em 2010, eram 45. Para o Senado Federal, a eleição de 2014 só troca um terço das vagas. Nesse caso, foram eleitas cinco senadoras para as 27 cadeiras, o que corresponde de a 18,5% das vagas disponíveis. O percentual, embora ainda pequeno, é superior aos 13% das vagas registrados nas últimas eleições para o Senado. Em 2010, estavam em disputa 54 cargos e foram eleitas 7 senadoras.
LS/CG