A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará renovou em 52% sua representação para a próxima Legislatura, que se inicia no dia 1º de fevereiro de 2015 e vai até dezembro de 2018. O partido do atual governador, Cid Gomes, o PROS, foi quem mais elegeu deputados para os próximos quatro anos, seguido por PMDB e PDT. Somente 22 deputados conseguiram se reeleger, enquanto 24 fazem parte da renovação da Casa.
Ao todo, 22 partidos elegeram candidatos para a Casa Legislativa cearense. O deputado eleito Capitão Wagner (PR) foi o parlamentar com maior número de votos, totalizando 194.239 sufrágios. Ele obteve mais apoios nas urnas até do que o quarto deputado federal com maior preferência do eleitorado, Domingos Neto (PROS), que conseguiu pouco mais de 185 mil votos.
Antes, o PR só contava com uma representante na Casa, Fernanda Pessoa. Com a eleição de Wagner, o partido passa a ter dois deputados na Assembleia Legislativa, já que a parlamentar foi reeleita com 78.579 votos, a oitava mais bem votada. Outra surpresa foi a quantidade de votos conquistados pela esposa do deputado federal Genecias Noronha (SD), Aderlânia Noronha, do mesmo partido do marido. Ela ficou em segundo lugar com 97.172 votos, seguida pelo atual presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (PROS), que somou 95.253 votos.
Já Heitor Férrer (PDT) obteve 93.928 votos, ficando em quarto lugar. O líder do Governo, José Sarto (PROS), ocupa a quinta colocação com 85.310. O PROS ainda segue como a maior bancada, com 12 nomes eleitos. Em seguida, está o PMDB, que elegeu seis representantes para os próximos quatro anos.
Petistas
O PDT levou três parlamentares à Casa. PR, PSD, PCdoB, SD, PT e PP ficam com dois, cada. Por sua vez, o PT não elegeu nenhum dos atuais membros da sigla na Assembleia Legislativa. Rachel Marques, Professor Pinheiro e Dedé Teixeira não se conseguiram renovar seus mandatos no Legislativo estadual. Dois nomes novos vão representar os petistas do Ceará pelos próximos anos na Assembleia: Moises Braz e Elmano de Freitas, este último candidato a prefeito da Capital derrotado em 2012.
Já os novos rostos que serão vistos na Casa são os deputados eleitos David Durand (PRB), Naumi Amorim (PSL), Carlos Matos (PSDB), Bruno Pedrosa (PSB), além de Robério Monteiro, Odilon Aguiar, Lais Nunes e Jeová Mota, todos do PROS. Ainda estão na lista de renovação Audic Mota, Walter Cavalcante, Silvana Oliveira e Agenor Neto, do PMDB; Augusto Brito e George Valendim, do PCdoB; e Joaquim Noronha, do PP.
Renato Roseno (PSOL) e Bruno Gonçalves (PEN) também conseguiram emplacar uma vaga na Casa Legislativa. Ambos os partidos nunca tiveram representação no Legislativo cearense. Somente 22 deputados estaduais conseguiram se reeleger.
Além dos três petistas que ficarão de fora da próxima legislatura, não se reelegeram Fernando Hugo (SD), Mário Hélio (PMN), Sineval Roque (PROS), Delegado Cavalcante (PDT), Téo Menezes (DEM), Professor Teodoro (PSD) e Lula Morais (PCdoB).
Apoio a candidatos
A nova composição da Assembleia Legislativa demonstra também quais são os partidos e representantes que podem apoiar os dois candidatos majoritários, Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (PMDB), que disputam o Governo do Estado no segundo turno, no dia 26 de outubro.
O petista deve receber o apoio de todos os 12 membros do PROS, assim como de dois pedetistas, uma vez que Heitor Férrer, já no primeiro turno, disse que não vota no candidato apoiado por Cid Gomes. Dois membros do PSD, PCdoB, PT e PP também apoiarão Camilo, assim como os únicos representantes de PRB, PHS, PRP e PTN. Já do lado de Eunício, o peemedebista terá o apoio de seis membros do PMDB, dois do PR, dois do SD e um do DEM, PSC, PSDC, PV, PSDB e PPS.
Único representante do PSOL na Casa, Renato Roseno deve optar por não apoiar nenhuma das candidaturas que ainda estão na disputa. De todos os eleitos, Camilo terá o apoio de 28 deputados, enquanto Eunício terá suporte de 16. Renato Roseno e Heitor Férrer são os únicos que devem ficar neutros.