Entre as aspirantes a oficial estava a major Francisca Asmênia Cruz Furtado Torquato, hoje chefe de gabinete do Comando-Geral Adjunto da PMCE. “Na época, a gente encontrou certo preconceito por parte do efetivo masculino. Era uma corporação com mais de 100 anos, secular, que só tinha homem no efetivo. Muitos não aceitavam mulher dentro da PM”, lembra.

Atualmente, a corporação conta com 505 mulheres, sendo 11 majores, nove capitãs, 16 tenentes, 28 subtenentes, 27 sargentos, 105 cabos e 309 soldados.  “Mas, aos poucos, estamos mostrando a nossa capacidade dentro da instituição e, hoje, conquistamos esse espaço”, comenta Asmênia. Apesar disso, ela acredita que o número de mulheres na PM ainda é pequeno, principalmente se comparado ao universo de cerca de 15 mil policiais militares no Ceará.

Para celebrar a trajetória feminina na PM, será realizada uma solenidade nesta sexta-feira (22/08), às 19 horas, no auditório do edifício José Euclides Ferreira Gomes (anexo II) da Assembleia Legislativa. Todas as policiais femininas do Estado foram convidadas para participar do evento.

Durante a solenidade, serão homenageadas as integrantes da turma de 1994; o governador do Estado na época, Ciro Gomes; o ex-comandante-geral da PM coronel Manoel Damasceno de Sousa, que implantou a Companhia Feminina, e os responsáveis pela formação da primeira turma.
GS/JU