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Quarta, 16 Julho 2014 06:43

Coluna Politica

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  Lá se vai mais de uma semana de período eleitoral e não me lembro, em 12 anos de cobertura política e sei lá quantos mais com observador, de uma campanha começar tão vagarosamente. Óbvio reflexo da Copa do Mundo, que, nenhuma novidade, ocorre a cada quatro anos, sempre que há eleição estadual e federal. Mas, desta vez, o fato de ocorrer no Brasil e no Ceará deixou todo mundo mais envolvido. Centenas de milhares de pessoas foram aos jogos ou Fan Fest, sem falar do comércio de produtos, da movimentação em bares e restaurantes, dos feriados, das mudanças de tráfego. Enfim, foi impossível ficar indiferente, muito mais que em outros anos. Isso teve óbvio reflexo na paralisia política. Mas, terminado o evento, os candidatos pouco a pouco colocam as manguinhas de fora com mais ênfase. Os primeiros carros de som e seguradores de bandeiras começam a tomar as ruas e cruzamentos. E aí mora o perigo. A última campanha eleitoral em Fortaleza foi traumática do ponto de vista das agressões urbanas perpetradas pelos candidatos. Poluição visual e sonora absolutamente desenfreada – com ênfase para os muros emporcalhados, muitos com pinturas fora dos padrões estabelecidos por lei –, os insistentes e estridentes carros de som, a sujeira nas ruas no dia de votação. Tudo isso deixa muito pouca esperança sobre o que esperar desses candidatos em relação ao meio ambiente, o espaço urbano e sobre fazer cumprir as leis, as regras de convívio ou simplesmente a boa educação. Infrações partiram principalmente das duas maiores coligações majoritárias – de Roberto Cláudio (Pros), que acabou eleito, e de Elmano de Freitas (PT). E, também, de vários candidatos a vereador, com destaque para Leonelzinho Alencar (PTdoB). Nenhuma surpresa. Os candidatos que mais descumprem as regras são, em regra os mais competitivos, talvez justamente pela maneira predatória de agir. E, quando eleitos, são uns responsáveis por aprovar as leis, outros por fazê-las cumprir. Em 2014, Leonelzinho concorre a deputado federal e Elmano, a deputado estadual. Roberto Cláudio não concorre, mas faz campanha para Camilo Santana (PT) ao governo. Por toda Fortaleza e mais ainda no Interior, ainda são encontrados muros com vestígios da imundice de campanhas passadas. O prazo para limpeza era de um mês após o dia da votação. Mas há pinturas remanescentes da eleição de 2000. A fiscalização é evidentemente insuficiente, embora tenha tido salto qualitativo em 2012. E, sobretudo, a punição não tem sido capaz de intimidar campanhas que movimentam milhões. Tem sido praxe já reservar o montante para pagar as multas, irrisórias diante do montante total investido para tentar eleger um candidato. Então, a infração compensa. Isso para falar daquilo que extrapola o permitido por lei. Afinal, a legislação em si já é permissiva em demasia. Os limites para o que se pode em termos de barulho e poluição visual são extremamente flexíveis. E só não ficaram mais ainda por causa das reações, que forçaram mudanças no projeto de minirreforma eleitoral que o Congresso aprovou. Porém, o que mais me admira não é que os candidatos enfrentem as leis, paguem as multas e continuem a apostar na degradação do meio ambiente urbano como instrumento de propaganda. Nem que a fiscalização se mostre insuficiente para dar conta de todos os abusos. O realmente mais alarmante é que o eleitor nem ligue para tudo isso e continue a votar em candidatos que, na campanha, fazem o oposto daquilo que se espera deles se forem eleitos.
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