A campanha eleitoral começou oficialmente no dia 6 de julho, entretanto, os candidatos ao governo do Estado ainda definem suas ações on-line, sobretudo nas rede sociais, na busca pelo voto. Em 2013, o Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de pessoas com acesso à internet, de acordo com estudo do Ibope Media. Desse montante, a maioria já tem o poder de voto, por serem jovens com idade igual ou superior aos 16 anos e que buscam informações, principalmente, nas redes sociais.
O candidato Camilo Santana (PT) contratou um publicitário, que, segundo informações da assessoria, ainda estrutura como serão realizados os trabalhos neste segmento, avaliando, inclusive, se a plataforma terá estrutura para doações para a campanha de forma online. Segundo frisou, todas as páginas de apoio a Camilo, divulgadas nas redes sociais, até o momento, não são oficiais. Ainda segundo a área de comunicação do candidato, assim, que as plataformas online estiverem concluídas, haverá um lançamento oficial. Todavia, ainda não há um prazo definido para que isso aconteça.
Na dianteira no que se refere à organização da campanha, o candidato Eunício Oliveira (PMDB) terá o marqueteiro Paulo Alves, que, inclusive, já está adaptando a estrutura de campanha online. A previsão é que, nos próximos dias, as ações sejam implementadas. Segundo informou a assessoria do peemedebista, os perfis oficiais do senador nas redes sociais serão readequados para campanha, uma vez que Eunício possui um número significativo de seguidores. Já sobre a abertura da campanha online para a arrecadação de doações, a assessoria diz que o assunto ainda está sendo estudado pelo departamento jurídico da coligação.
Única mulher na disputa pelo governo do Ceará, Eliane Novais terá sua propaganda eleitoral comandada pelo marqueteiro Humberto Martins que, no pleito anterior, cuidou da sua campanha a deputada estadual. Embora as conversas estejam adiantadas, a contratação de Martins não está definida. Contudo, as ações online fazem parte da estratégia da campanha do PSB, inclusive uma nova plataforma no canal do youtube está sendo discutida entre os coordenadores e a equipe de comunicação. Enquanto isso, mídias já existentes estão sendo implementadas e tocadas por sua equipe. Segundo informou, recentemente, a candidata ao Senado, Geovana Cartaxo, as novas mídias farão parte da discussão do partido, inclusive apontando plataformas de transparência do Poder Público.
DIFERENCIAL
Seguindo exemplos de pleitos anteriores, o Psol trabalha na construção de uma plataforma colaborativa, onde o usuário (eleitor) dialogue com as ideias do partido e da coligação. Ou seja,a sigla trabalhará com uma plataforma de interatividade com o eleitorado, rompendo a ideia de que a cidade deve apenas avaliar as propostas apresentadas pelos candidatos, além de dar transparência as ações de campanha, como as doações eleitorais. Além disso, um site institucional está sendo finalizado, onde o eleitor dialogará diretamente com o candidato Ailton Lopes. A previsão é que o site esteja funcionando ainda esta semana.
AMEAÇAS VIRTUAIS
Paralelamente ao esforço dos partidos, equipes também estão sendo montadas para combater a guerra de insultos e boatos contra os candidatos na internet, sobretudo nas mídias sociais. Anônimas, as informações reproduzidas em massa por meio de e-mails, Facebook e Twitter, dentre outras, são vistas pelas legendas como potenciais ameaças às campanhas oficiais.
Para especialistas ouvidos pelo O Estado, a chamada “guerrilha de internet” pode acabar prejudicando a campanha eleitoral, reduzindo o espaço de discussão programática. O consultor político Aurizio Freitas explica que o uso de ferramentas da internet, em especial das redes sociais, como canal de interatividade com o cidadão fará parte da rotina da disputa eleitoral deste ano e será instrumento utilizado para propagandear a mensagem e a imagem do candidato, seja ao comando do Executivo ou ao Parlamento.
Ainda segundo ele, os candidatos estão se preparando para esta guerra virtual, bem como para argumentarem a seu favor diante dos ataques, explicando que as manifestações de rua deixaram a classe política em alerta. Para ele, os comitês de campanha podem minimizar os danos monitorando a divulgação de boatos, esclarecendo as informações falsas e se distanciando desse tipo de militância.