O deputado Roberto Mesquita (PV) lamentou, ontem, em pronunciamento na Assembleia, que um partido como o PT, com uma história de "combatente e guerreiro" esteja todo dia levando "carão". Ele fazia referências às manifestações do secretário Ivo Gomes, em rede social, na última quarta-feira, fazendo referências negativas à gestão da prefeita Luizianne Lins.
"Vejo um PT calado, com medo, só pela possibilidade de ter o apoio do governador nas eleições deste ano", afirmou, lamentando ainda que o líder do Governo na Assembleia, deputado Antônio Carlos (PT), tenha "amarelado" do debate.
Antônio Carlos defendeu novamente a aliança entre PT e PSB, postura que vem mantendo em seus pronunciamentos, ponderando que dentro de uma aliança é impossível todos pensarem 100% igual. Ele também deixou claro que sua posição na Assembleia é de líder do Governo, função essa, destacou, que exerce devido a um convite feito pelo próprio governador.
"Não confunda responsabilidade política com amarelar. Tenho defendido a aliança e o meu partido, não farei nenhum movimento para agradar aqueles que querem fazer com que essa aliança política, que é uma aliança nacional, se acabe", respondeu.
Os deputados Mário Hélio (PMN) e Perboyre Diógenes (PSL) se pronunciaram em defesa do Governo Cid Gomes e concordaram com as opiniões relatadas por Ivo Gomes. A discussão acabou em troca de acusações. Sobre a questão dos terceirizados na Prefeitura, Mário Hélio afirmou que Roberto Mesquita, quando era vereador da Capital, escrevia cartas para a Prefeitura pedindo cargos terceirizados.
Já Roberto Mesquita disse que Mário Hélio é quem tinha essa prática quando ocupou cadeira na Câmara Municipal de Fortaleza e que havia sido beneficiado com cargo de diretoria de colégio na Cidade 2000.Para Perboyre Diógenes, todas as críticas de Roberto Mesquita à administração do Governo Cid Gomes não passam do "dor de cotovelo", por não encontrar na Assembleia o mesmo cenário da Câmara, onde os vereadores são "prostituídos" com "cartinhas".
Perboyre disse ainda que Mesquita não tem respaldo para falar dos Ferreira Gomes, pois pratica uma política de "clientelismo e fisiologismo". Mesquita rebateu: "não faça de mim e dos vereadores de Fortaleza seu espelho. As práticas cometidas por vossa excelência não são imitadas na Câmara de Fortaleza".