A coordenadora Especial de Políticas Públicas LGBTT, Andréa Rossati, destacou que a Semana Ceará sem Homofobia, que prossegue até sábado (17/05), tenta conscientizar, por meio de palestras, seminários, oficinas de direitos humanos e outras atividades, sobre a importância de respeitar todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual. “Além de conscientizar as pessoas, precisamos unir a sociedade para lutar contra o preconceito e a homofobia”, afirmou.

Andréa Rossati ressaltou que, no Brasil, ainda existem muitos crimes ligados à homofobia. “É inadmissível que se mate uma pessoa por causa da orientação sexual dela. Por conta de crimes assim é que a sociedade precisa se unir, superar o preconceito, as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero”, disse.

O coordenador da Diversidade Sexual da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH) da Prefeitura de Fortaleza, Jorge Pinheiro, frisou que os crimes contra homossexuais são, na maioria das vezes, bastante violentos. “As vítimas de homofobia são torturadas, espancadas e até carbonizadas. São crimes de ódio, e é preciso cobrar que os delegados reconheçam que são crimes homofóbicos”, apontou.

Jorge Pinheiro salientou também a importância de denunciar os crimes de homofobia através do Disque 100. “Muitos crimes não são denunciados por medo e represálias, mas pelo Disque 100 a pessoa tem sua identidade preservada. É necessário que a sociedade denuncie, para que esses crimes sejam solucionados e os culpados punidos”, afirmou.

Em 17 de maio de 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde retirou o termo "homossexualismo" da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “as relações entre pessoas do mesmo sexo não constituem doença, nem distúrbio e nem perversão”. Desde então, foi adotado o termo "homossexualidade", que se refere ao comportamento, e não mais o termo "homossexualismo" que passa a ideia de doença.

Outras informações sobre a Semana Ceará sem Homofobia podem ser obtidas na Coordenadoria Especial de Políticas Públicas LGBT do Governo do Estado, pelo telefone (85) 3101.4555.
GM/CG