A presidente do colegiado, Norma Soares, abriu o evento destacando o trabalho do movimento e mostrou otimismo com relação à nova linha de atuação do grupo. “Antes éramos muito focadas na filantropia, mas decidimos continuar com esse trabalho e ampliar a nossa atuação com palestras educativas”, disse.

Norma Soares mostrou preocupação com o comportamento das famílias atuais, que, segundo ela, têm transferido a educação dos filhos para a escola. “É preciso lembrar das responsabilidades de cada um. Não podemos transferir para a escola o que é de competência da família”, ressaltou.

A palestra foi conduzida pela professora de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor) Joyceane Menezes. Ela citou os principais problemas que têm levado as famílias a se desestruturarem e a história da evolução jurídica da instituição.

Segundo Joyceane, a família matrimonial é a base da sociedade. “É importante fazermos uma análise sobre as nossas famílias. Nós temos uma trajetória de direito escrito pautado na família matrimonial”. Conforme ressaltou, “a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.” E citou que, anteriormente à Constituição Federal de 1988, apenas a família matrimonial tinha o reconhecimento e a proteção do Estado, mas que hoje isso mudou.

“Embora as demais organizações familiares não tivessem existência jurídica, palpitavam na vida social, sendo alvo da discriminação e da negação da religião e do Estado. No plano social, a organização da família e a sua própria essência sofreram alterações, mantendo, contudo, a sua importância na formação da pessoa. Tratar da família na atualidade com o olhar voltado para família do século XIX conduzirá a conclusões escatológicas não muito animadoras. A família mudou”, pontuou.

O MMLC, fundado em 4 de junho de 1987, é composto  por Norma Soares (presidente), Meire Costa Lima (vice-presidente), Valeska Ferreira (tesoureira) e Gabriela Férrer (secretária).

Servidores da Casa, membros do movimento e da sociedade acompanharam o evento.

DF/CG