Ministro Gilberto Carvalho chegando à Assembleia Legislativa, ontem à tarde, para falar sobre as ações do Governo Federal relacionados à Copa
FOTO: KIKO SILVA
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, classificou como natural o aumento no índice de rejeição da presidente Dilma Rousseff nas recentes pesquisas. Ele defendeu que qualquer pesquisa de intenção de voto só apresentará um caráter definitivo do cenário quando for iniciado o debate entre candidatos.
Gilberto Carvalho esteve, ontem, em Fortaleza, para participar do seminário "Diálogos Governo-Sociedade Civil: Copa 2014", realizado na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. Na avaliação do ministro-chefe, o início do período eleitoral permitirá que a presidente esclareça os principais avanços conquistados pelo Governo Federal nesses quatro anos. Para Gilberto Carvalho, as pesquisas eleitorais registrarão um cenário mais favorável para a reeleição de Dilma Rousseff a partir do momento em que as inserções na televisão e no rádio forem frequentes.
"Nesse processo, é natural a oscilação entre aprovação e queda. Eu tenho certeza que, no momento em que nós tivermos o debate eleitoral aberto e podermos mostra aquilo que está sendo feito pelo Brasil, a presidente vai assegurar o aumento da popularidade como também o percentual da intenção de votos", ressaltou Gilberto Carvalho.
Reconduzida
O ministro comparou a oscilação no índice de rejeição de Dilma com a situação em que o ex-presidente Lula viveu em 2006. Gilberto Carvalho disse que, na época, havia dúvidas sobre a reeleição, mas o início da campanha facilitou o processo
Gilberto Carvalho negou ainda que a realização de um debate para mostrar a importância da Copa do Mundo para o Brasil tivesse o objetivo de rebater qualquer manifestação em Fortaleza contra a presidente Dilma Rousseff ou contra o próprio evento.
"Não se trata de amenizar as manifestações, mas se trata de fazer um exercício público de debate, discussão e esclarecimento das informações. Definitivamente, manifestação não preocupa e nem nos assusta. As manifestações são as demonstrações de uma democracia pulsante e vigorosa. A nossa única preocupação é clarear a população", pontuou.
O objetivo do Governo Federal não é impedir a realização das manifestações, segundo o ministro-chefe, mas evitar a eclosão de um movimento com muita violência. "Nossa preocupação é que tudo ocorra num clima de tranquilidade. Queremos que a Copa se dê de forma democrática, mas vamos fazer de tudo para coibir a violência. Não queremos mais ver mais cinegrafistas mortos e nem manifestante feridos por uma força policial desproporcional", destacou.
O ministro também rechaçou as especulações de que o ex-presidente Lula pode ser o candidato do PT à disputa deste ano. Gilberto Carvalho justificou que o Encontro Nacional realizado na última semana deixou bem clara a intenção da legenda em apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"Isso já está muito definido entre nós. A presidente Dilma Rousseff, com o apoio do presidente Lula, é a nossa candidata. É ela que tem, ao nosso juízo, a maior capacidade de governar o País e continuar fazendo essa mudança do Brasil, diminuindo a desigualdade, ampliando a renda da população, mudando a educação, a saúde com o Mais Médicos", justificou.