Lula Morais ressaltou que, atualmente, mais de 80% da população brasileira vive nas cidades e que é importante buscar soluções para os problemas urbanos. Ele citou o Estatuto da Cidade como um grande avanço, mas frisou que o mesmo não está plenamente em prática.
Inácio Arruda enfatizou a importância de incluir as cidades da região metropolitana na articulação das políticas urbanas elaboradas para a Capital. O parlamentar também destacou a importância da 5ª Conferência das Cidades, quando especialistas pediram urgência na realização de uma reforma urbana. Ele informou que o debate também será realizado em outros estados, como Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Pará, Bahia, Pernambuco e São Paulo.
O secretário das Cidades, Carlos Ferrentine, ressaltou avanços alcançados no Estado, como abastecimento de água em mais de 90% das casas em áreas urbanas, e informou que o rio Maranguapinho terá 44 km de área urbanizada, com 13 áreas de risco sendo extintas e barragem na cabeceira do rio ara contenção de cheias. Ele ainda destacou que o programa Minha Casa, Minha Vida terá mais 22 unidades no Ceará.
O secretário do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), Eudoro Santana, afirmou que o Estatuto da Cidade é um passo importante e ressaltou que nem sempre os governantes levam à diante as políticas urbanas dos administradores anteriores. Ele cobrou que a Câmara dos Vereadores também promova esse debate.
O geógrafo José Borzacchiello da Silva explicou que a realidade brasileira é urbana e cada vez mais metropolitana, e que cresce a necessidade de garantir qualidade de vida nas cidades. Isso passa, segundo ele, pela regularização fundiária, melhor mobilidade, saneamento, abastecimento de água, por uma política educação e de saúde. Ele criticou planos de mobilidade que priorizam alargamento de avenidas e remoções de famílias de suas casas.
Já o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Antonio Carlos França, destacou os financiamentos concedidos para obras de mobilidade e habitação popular e urbanização do rio Maranguapinho.
Natanael Mota, da Federação de Bairros e Favelas, afirmou que falta a criação de um Conselho da Cidade dentro do conceito de desenvolvimento urbano, trazendo participação de representantes da comunidade, além do governo e do setor produtivo. Ele também criticou a burocratização no acesso ao crédito imobiliário.
O deputado Federal Chico Lopes (PCdoB-CE) enfatizou que se o Estatuto da Cidade for colocado em prática será retirada a força dos especuladores imobiliários.
JM/LF